Cleo participou do segundo episódio do podcast Eu mesmo, Fiuk, divulgado em uma plataforma digital e gravado antes da entrada de Fiuk no “BBB21”. Irmã mais velha do ator e cantor, ela debateu a masculinidade tóxica e masculinidade frágil.
“Já ouvi um [comentário] que me irrita muito: você é mulher de verdade. Quais são os critérios de um homem branco, hétero, cis, dizer que sou uma mulher de verdade. É um elogio que vem ligado ao ego do cara. É por que falo de sexo abertamente? É por que você viu uma foto e gostou?”, disse.
Aos 38 anos de idade, a atriz e cantora falou sobre seus receios na sociedade. “Estou em um lugar privilegiado, seguro, com dinheiro. Mesmo tendo julgamento, sofrendo pressão estética, eu sempre tive medo dentro de mim. De estar sozinha em algum lugar, medo e ir de um lugar para o outro, medo de andar sozinha na rua. É um direito muito básico”, contou, falando ainda o que faria se não tivesse tal temor: “Acho que eu sairia de madrugada na rua com uma roupa que é considerada vulgar”.
Sem citar nomes, a atriz também citou que já levou foras. “Teve um cara — a gente estava vivendo um caso superapaixonado – e disse: ‘Eu acho você f***, mas não é o tipo de mulher que eu vou conseguir ter do lado. As coisas que você fala, que posta…’. Aí, questionei: ‘Fiz alguma coisa escrota? Tratei alguém mal?’. E ele: ‘Ah, você fala muito sexo’. Puxa! Era uma cara que estava do meu lado, mas ficou tomado pela viralização de entrevistas e achava que os amigos falaria não sei o quê.”