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CNI faz rica propaganda da reforma; já o Google…

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) faz campanha publicitária rica de apoio à PEC 45, da reforma tributária, que só beneficia a indústria e prejudica o agronegócio e o setor de serviços. A iniciativa poderia ser considerada abusiva, com o poder econômico tentando influenciar a aprovação do projeto, mas a CNI não foi incomodada. Bem diferente do Google, que responde a inquérito porque criticou a proposta de “combate a fake news”, que na verdade reintroduz a censura no País.

Crítica vetada
Ao se opor ao Projeto da Censura, o Google foi obrigado a deletar o conteúdo, sob ameaça do governo de multa de R$1 milhão por hora.

Na Justiça
Foi considerado “abuso de poder econômico” das big techs o suposto “ilícito” de “contribuição com a desinformação”. A CNI não foi acionada.

PF na porta
O STF mandou executivos da Meta (Facebook, Instagram etc.), Spotify e Brasil Paralelo serem ouvidos pela Polícia Federal e explicar “razões”.

Outro patamar
A decisão do STF incluiu multa de R$150 mil por hora às empresas de tecnologia por manter no ar posição contrária ao projeto da censura.

CPI do MST investigará irmão do chefão da Conab
Na CPI do MST, é dada como certa a convocação de Adelar José Pretto, apontado como diretor da cooperativa Terra Livre. O requerimento foi apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP). Como sugere o sobrenome, Adelar é irmão do petista Edegar Pretto, diretor-presidente da Conab. A comissão quer apurar aditivos em contratos do Ministério do Desenvolvimento Agrário que acabaram em entidades ligadas ao MST, como a Terra Livre. Adelar é ativista do movimento dos sem-terra.

Cofre aberto
Denúncias dão conta que são ao menos 17 aditivos para compra de veículos e capacitação de agricultores, os valores chegam aos R$800 mil

Meu pirão
Um dos aditivos inventados pelo MDA favoreceu justamente a Terra Livre. Rendeu R$200 mil para a cooperativa de Adelar Pretto.

Só piora
Fora os laços pra lá de suspeitos, a Terra Livre é “ficha suja” no cadastro de empresas com sanções. A Transparência revela a penalidade vigente.

Nova plumagem
Seis deputados federais do PSDB já assinaram o pedido de abertura da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE. Não parece muito, mas se mais um tucano assinar o pedido, 50% da bancada apoiará a CPI.

Medidor importante
O Banco Central divulgou na sexta (30) que a dívida do setor público no Brasil cresceu 0,7 ponto percentual apenas no mês de maio, para 73,6%. Na pandemia disparou a 86,9%, mas fechou 2022 em 73,5%.

Direto
Durante debate em 2020, o ministro do STF Gilmar Mendes disse que a democracia “é um exercício muito complexo, porque exige a aceitação da limitação do poder”. Sem narrativa, nem relativização.

HPCR3, de hipocrisia
A Vale, que provocou a mais devastadora tragédia ambiental da História, e que faz de tudo para não pagar por isso, está entre as nove principais empresas ESG da Bolsa “que cumprem critérios de sustentabilidade”. Por coisas assim o mercado é incompreensível para muitos brasileiros.

CRMs resistem
O PT e puxadinhos tentam agora aparelhar os conselhos regionais de Medicina. Mas, em Alagoas, devem perder para chapa de Henrique de Oliveira Costa, reitor da Universidade de Ciências da Saúde (Unicisal) e um dos mais queridos e respeitados profissionais de Saúde do Estado.

Retomada
Voltou às discussões de parlamentares a PEC16/2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que estabelece mandato de oito anos aos ministros do STF, sem direito à recondução, o nome da “reeleição” sem votos.

Saindo na foto
Lula posou para fotos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, na sexta, mas a unidade foi inaugurada em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro e usada no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Promessa cumprida
O deputado Sanderson (PL-RS) cumpriu a promessa e protocolou no fim da tarde desta sexta (30) o projeto de lei que anistia “condenados por ilícitos civis eleitorais”, situação que tornou Jair Bolsonaro inelegível.

Pensando bem…
…em duas semanas, o governo petista promete reformar o que não reformou em 20 anos.

PODER SEM PUDOR
Diferenças visíveis
O papa João Paulo II visitava Brasília, em 1991, quando foi apresentado a várias autoridades, no Palácio do Planalto. Na fila estava o secretário de Esportes, Bernard Rajzman, ex-jogador de vôlei, e sua mulher, Carmem, filha de Ademar Ghisi, ministro do Tribunal de Contas da União. Era impossível não notar a diferença de idade e de estatura, no casal. “É sua filha?”, perguntou João Paulo II, simpático. Bernard se apressou a esclarecer um pouco contrariado: “Não, é minha mulher!” O papa já cumprimentava outro casal quando Bernard desabafou, bem-humorado, lembrando o que já tinha ouvido antes: “Até tu, papa?

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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