A Rússia conduziu bombardeios na Síria pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta-feira, atingido sobretudo áreas controladas por grupos insurgentes rivais em vez de atacar os militantes do EI (Estado Islâmico), alvos que alegava ser os principais, o que vem provocando uma reação cada vez mais irritada de países ocidentais.
A coalizão liderada pelos EUA que mantém sua própria guerra aérea contra o Estado Islâmico solicitou aos russos que interrompam seus ataques contra alvos que não sejam o EI.
“Nós pedimos à Federação Russa que cesse imediatamente os ataques contra a oposição síria e civis e foque seus esforços no combate” ao EI, disse a coalizão, que inclui os EUA, grandes potências europeias, Estados árabes e Turquia.
“Expressamos nossa profunda preocupação com relação à escalada militar russa na Síria e especialmente com os ataques da Força Aérea Russa em Hama, Homs e Idlib (…), que causaram vítimas civis”, disse a coalização.
Na Síria, o EI é um dos muitos que lutam contra o presidente sírio Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia. Washington e seus aliados regionais e ocidentais afirmam que a Rússia usa o EI como pretexto para bombardear outros grupos de oposição a Assad.
Alguns desses grupos receberam treinamento e armas dos inimigos estrangeiros do presidente sírio, incluindo os EUA. (Reuters)