Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de abril de 2015
A coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita que bombardeia os rebeldes houthis no Iêmen anunciou na terça-feira o fim de suas operações militares no país, quase um mês depois de ter lançado ataques aéreos. Segundo a coalizão, as ameaças ao território saudita e de seus vizinhos foram removidas.
O ministério saudita da Defesa informou em um comunicado que os ataques aéreos conseguiram “remover, com sucesso, as ameaças à segurança da Arábia Saudita e dos países vizinhos”.
Isto, acrescentou, foi alcançado “destruindo armamento pesado e mísseis balísticos que foram tomados pela milícia huthi e forças aliadas de (o ex-presidente) Ali Abdullah Saleh de bases e acampamentos do exército”.
A coalizão concluiu a operação Tempestade Decisiva “atendendo a um pedido do governo iemenita e do presidente Abedrabbo Mansour Hadi”, afirmou seu porta-voz, brigadeiro-general Ahmed al-Assiri, em um briefing à imprensa em Riad, capital saudita, segundo a agência AFP. A operação começou em 26 de março.
Ele disse, no entanto, que a coalizão continuará a impor um bloqueio naval ao Iêmen e terá como alvo quaisquer movimentos dos xiitas rebeldes huthis.
Segundo um comunicado da coalizão, a próxima fase das operações, denominada “Restaurar a Esperança” terá como objetivo retomar o processo político no Iêmen, o envio de ajuda e o “combate ao terrorismo” no país, onde atua um ramo sangrento da rede Al Qaeda.
Segundo a AFP, a crescente violência no Iêmen desde o final de março deixou, até o dia 17 deste mês, 944 mortos e 3.487 feridos. O anúncio foi feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A agência da ONU assinalou que os números foram fornecidos pelos serviços sanitários do Iêmen, apesar de o número real de vítimas fatais e feridos provavelmente ser maior, já que muitas pessoas não têm condições de ter acesso aos hospitais devido aos combates. Nestes balanços, o organismo não distingue entre civis e combatentes. (AG)