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Coalizão ou cooptação podem rimar com mensalão

O fracasso de Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e outros menos votados, na articulação política para viabilizar a PEC da Transição, forçará Lula a entrar em campo tão logo receba alta médica. Até porque ele está também atrasado na montagem do governo e da base de apoio no Congresso. Seu desafio será adotar o “presidencialismo de coalizão” sem reincidir no “presidencialismo de cooptação”, que gerou o Mensalão.

Vai que…

Em Brasília, até os céticos acreditam que Lula não ousará retomar o Mensalão, comprando o apoio de parlamentares. Há precedente.

Prática reiterada

O mensalão do governo Lula era o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, até a Lava Jato revelar outro, mais grave: o Petrolão.

Teoria do injustificável

FHC criou a expressão “presidencialismo de coalizão” para justificar alianças políticas constrangedoras, no Congresso.

Dinheiro na mão

No primeiro governo, o PT confundiu coalizão com cooptação e “azeitou” as relações entre governo e Congresso com malas de dinheiro público.

Sem preparo, sonho vira pesadelo em Portugal

Viver em Portugal virou sonho de muitos brasileiros e boa parte deles tentou torná-lo realidade, mas ficaram sem condições de se manter ou de comprar passagem de volta. Especialista em Direito Internacional, o advogado Daniel Toledo cita que os consulados brasileiros na Europa já receberam cerca de 690 pedidos de auxílio de brasileiros que querem voltar ao Brasil, um terço deles (219) foram no consulado de Lisboa.

Gente demais

A busca por ajuda foi tão grande que o consulado publicou nas redes sociais que não tem como custear viagens de centenas de imigrantes.

Nas coxas

Toledo vê um problema de fiscalização. “Qualquer pessoa que tem um visto deve, obrigatoriamente, ter passagem de volta ao país de origem”.

O filho é teu

Segundo o advogado, pessoas são questionadas ao chegar e dizem não ter recursos. “Isso faz as autoridades passarem o caso aos consulados”.

Turma da boquinha

Grande parte da transição é formada de políticos derrotados nas últimas eleições. Rejeitados nas urnas, foram premiados com boquinhas provisórias, enquanto cavam “um lugar ao sol” no futuro governo. Se na transição são pouco mais de 300 vagas, no governo serão 25 mil cargos.

Banqueiros socialistas

Se for para o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad não será hostil ao mercado. Os bancos lucraram muito nos governos do PT. Além disso, Haddad é queridinho do banco Itaú, covil de banqueiros socialistas.

Pedido de prisão

Senadores que discutem o ativismo judicial o STF e no TSE devem convidar o desembargador aposentado do TJ-DF Sebastião Coelho a explicar por que defende a prisão do ministro Alexandre de Moraes, como mostra vídeo de um discurso que viralizou nas redes sociais.

CPI reapresentada

Se a CPI do Abuso de Poder no STF e TSE não for instalada este ano, a proposta já endossada por mais de 180 deputados será reapresentada pelo autor, deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), no início de 2023.

Sempre cabe mais um

Após brigar com o PT, correr para o abraço com o MDB e finalmente anunciar aposentadoria da vida pública, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy também faz parte do governo paralelo petista.

Salto no Tesouro

O economista Felipe Salto, secretário da Fazenda do governo tucano de Rodrigo Garcia, em São Paulo, é forte candidato ao cargo de Secretário do Tesouro Nacional, onde terá chance colocar em prática sua pregação no Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado, que o revelou.

#ElaNão

A senadora derrotada Kátia Abreu (TO) tem Dilma Rousseff como madrinha para ser ministra da Agricultura, mas nenhuma escolha desagradaria mais os principais interessados: produtores rurais.

Mundo invertido

Tributar consumo em vez de renda prejudica os mais pobres. Ninguém discute que combustível é bem necessário e teve a tributação limitada, mas celulares, por exemplo, sejam talvez mais essenciais atualmente e chegam a ter 68% do preço composto por impostos, segundo o IBPT.

Pensando bem…

…bom seria se o Brasil tivesse um xerife para impedir traficantes de impedir o direito de ir e vir de cidadãos do Rio de Janeiro.

PODER SEM PUDOR

Governo envelhece logo

O jornalista Edísio Gomes de Matos, falecido em Brasília, era inteligente e bem-humorado. Grande contador de histórias de pura sabedoria, e sempre atuais. Quando jovem, um tio farmacêutico permitia o jogo do bicho em sua farmácia quando um candidato a governador do Ceará empunhava, como bandeira de campanha, o fim do jogo no Estado. O candidato ganhou. O jovem Edísio, preocupado, procurou o tio. A resposta foi a seguinte: “Se preocupa não, menino. Todo governo novo fica velho…”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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