Deputados de oposição não se surpreenderam com as denúncias de assédio moral de ex-funcionários contra o deputado lulista André Janones (Avante-MG). O destempero do deputado, que mandou áudios e textos com insultos aos assessores, tem sido observado por deputados com os quais o lulista quase chegou às vias de fato na Câmara. “Quem vive o dia a dia sabe como é esse sujeito, um total desequilibrado, desrespeitoso”, afirma Carlos Jordy (PL-RJ), líder da minoria na Casa.
Bem que tentou
Em 26 de setembro, Janones se esforçou para provocar uma troca de sopapos com opositores durante oitiva do ministro dos Direitos Humanos.
Valentão na Câmara
Imagens mostram Janones insultando Felipe Barros (PL-PR), desafiando a brigar, mas sobrou para Evair Melo (PL), da turma do “deixa-disso”.
Ambição fez mal
O destempero queimou Janones no governo, após atacar o ministro Paulo Pimenta (Secom), cujo cargo ele chegou a ambicionar.
Como o diabo da cruz
Desde o início da apuração das denúncias de assédio, Janones corre da coluna como o diabo da cruz. Mas o espaço segue aberto.
Deputados estaduais torraram R$296 milhões no RN
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aumentou em quase R$20 milhões os gastos entre janeiro e outubro comparado com o mesmo período de 2022. Foram R$296,3 milhões para manter a estrutura disponível para o trabalho dos 24 deputados estaduais, R$19,2 milhões a mais do que em 2022. Percentualmente, o item com maior variação foi o gasto com material e distribuição gratuita, alta de 381,71%. Passou de R$4,5 mil no ano passado para R$21,8 mil neste ano.
Gasto liberado
Gastos com passagens e locomoção dispararam, passaram de R$458,8 mil para R$585,3 mil. Alta de 27,57%.
Reforço no salário
As diárias, que garantem um reforço nos vencimentos, também deram um salto. Foram de R$503,2 mil para R$908,3 mil. Subiu 80,5%.
Turbinada
A folha de pagamento, claro, não ficou de fora da gastança e aumentou quase R$8 milhões. Passou de R$176,9 milhões para R$185,7 milhões.
Destino
Afastado das atividades judiciárias, inclusive tendo sido proibido de acessar prédios da Justiça Federal de Curitiba, o juiz Eduardo Appio, agora fora da Lava Jato, assume uma vara cível no próximo mês.
Assédio tolerado
O silêncio constrangedor de parcela da mídia sobre as denúncias contra o deputado André Janones (Avante-MG), acusado de assediar, insultar e humilhar os próprios funcionários, reforça a ideia de que assédio moral só é considerado inaceitável quando praticado por político conservador.
Ameaças ou lorota?
Desde sexta (20) a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) está com escolta policial 24 horas por dia. Diz receber “ameaças de morte” desde a leitura do relatório da CPMI do 8 de Janeiro. A oposição acha que é lorota.
Voo de galinha
O deputado Ricardo Salles (PL-SP) não vê com otimismo o ritmo de despesas e a irresponsabilidade fiscal do governo Lula, “Brasil vai viver mais um voo de galinha”, prevê o parlamentar.
Sem ideologia
Levantamento da Liderança da Oposição na Câmara aponta que, além do PT, não há coesão partidária na chamada “base governista” de deputados: “é uma salada partidária” define Kim Kataguiri (União-SP).
E o frete?
O diesel fica R$0,25 mais caro a partir deste sábado. Nas distribuidoras, o valor negociado passa a R$4,05 o litro. O último aumento foi em agosto, quando o preço saltou de R$3,02 para R$3,80 o litro.
Investidor cowboy
A Bolsa de Valores encerrou a sexta-feira em queda de 0,7%, o que derrubou o balanço da semana para -2,27%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, registra queda de cerca de 3% nos últimos 30 dias.
Ah, a internet
O vídeo do chanceler alemão Olaf Scholz (e entourage) se jogando no asfalto do aeroporto de Tel-Aviv durante alarme de bombas voltou a viralizar, mas por outro motivo: pessoas ao fundo andando normalmente.
Vai que é tua!
Quando será mesmo a primeira viagem de Lula e Janja a Gaza?
PODER SEM PUDOR
Fontes secretas
Entrevistando ao vivo o então presidente do PT, Tarso Genro, o âncora de rádio Estevão Damásio testou o bom humor do “Peremptório”, como os gaúchos chamam o ex-governador. Perguntou na lata: “Como o PT fará, agora, para arrecadar recursos para suas campanhas?” A reação de Genro foi de surpresa: “Isto é pergunta que se faça?!…” Mas ambos sabiam que a pergunta fazia todo o sentido, naqueles tempos de escândalos de corrupção do primeiro governo Lula. Por isso, logo em seguida, ambos caíram na gargalhada.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.