Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2025
Pouco mais de um mês antes de completar 125 anos, o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, receberá um investimento de R$ 3 milhões para reformas estruturais e estéticas. A ordem de início das obras foi assinada nessa terça-feira (18) pelo governador Eduardo Leite e a secretária de Obras Públicas, Izabel Matte, em cerimônia no auditório da instituição e com a presença da titular da pata da Educação, Raquel Teixeira.
A iniciativa envolve o sistema de contratação simplificada, destinado a agilizar a execução dos trabalhos. Estão previstos serviços de recuperação de salas, corredores, paredes, pisos, esquadrias, cobertura e lajes, substituição de portas, janelas, vidros e outros itens danificados ou faltantes, inclusive nos banheiros, bem como manutenção de instalações elétricas e hidráulicas e nova pintura interna e externa. Não foi informado o prazo de conclusão.
Popularmente conhecido como “Julinho”, o colégio funciona em um prédio de linhas modernistas na avenida Piratini nº 76, próximo à João Pessoa, no bairro Santana. Trata-se de uma das mais tradicionais instituições do Rio Grande do Sul.
Sua história remonta a 23 de março de 1900, com a fundação do “Gymnasio do Rio Grande do Sul”, originalmente vinculado à Faculdade de Engenharia (curso precursor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS). Renomeado “Instituto Gymnasial do Rio Grande do Sul” e depois “Instituto Gymnasial Júlio de Castilhos”, teve como primeira sede o prédio da João Pessoa onde hoje está a Faculdade de Economia da UFRGS.
Chamou-se, ainda, “Ginásio Júlio de Castilhos”, até receber em 1942 a atual denominação. Em 16 de novembro de 1951, um incêndio destruiu o prédio, motivando a escola a utilizar, de modo improvisado, as instalações do Arquivo Público do Estado (Centro Histórico) até a inauguração, em 29 de junho de 1958, da atual sede – projetada pelos arquitetos Demétrio e Enilda Ribeiro.
O movimento estudantil sempre foi atuante na escola, que teve alunos ilustres, tais como o prefeito e depois governador Leonel Brizola, o deputado Ibsen Pinheiro e o senador Paulo Brossard. Além disso, proporcionou em 1947 a criação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e em 1979 o primeiro grupo de ecologia ligado a uma escola no Estado.
Com a palavra…
Eduardo Leite ressaltou o ganho em eficiência com o novo modelo de contratação: “Esta é uma escola icônica da educação gaúcha e passará por uma reforma completa. Esses R$ 3 milhões são só o começo, pois outras melhorias que forem identificadas como necessárias poderão ser contratadas. Temos mais de 70 obras em andamento no sistema de contratação simplificada e ao menos outras 200 em processo de contratação por meio da modalidade”.
A secretária Raquel Teixeira acrescentou: “É um privilégio também voltarmos a dar ao Julinho o protagonismo que merece, justamente no ano do seu 125º aniversário. Esta reforma impulsionará um dos mais históricos colégios do Estado a ser novamente uma referência em educação”.
Sua colega Izabel Matte, da pasta de Obras, emendou: “Com os investimentos que estamos anunciando, o Julinho será revigorado para continuar sua trajetória de referência não apenas na educação, mas no próprio imaginário da sociedade gaúcha”.
(Marcello Campos)