Sexta-feira, 21 de março de 2025

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Acontece Colheita dos grãos de verão continua no RS, com milho atingindo 74% das lavouras 

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Devido aos impactos da estiagem, a produtividade foi reestimada para 6.866 kg/ha, uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha

Foto: Freepik
O milho é utilizado em toda América Latina e fornece carboidratos complexos, fibras e proteínas. (Foto: Freepik)

De acordo com o Informativo Conjuntural publicado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (20), a colheita do milho no Rio Grande do Sul atingiu 74% da área plantada. Devido aos impactos da estiagem, a produtividade foi reestimada para 6.866 kg/ha, uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha. Atualmente, 11% das lavouras estão em fase de maturação, mas o potencial produtivo dessas áreas é inferior ao das lavouras semeadas no início do período recomendado.  

As lavouras semeadas tardiamente, que representam 15% da área cultivada, ainda dependem das condições climáticas para se desenvolverem plenamente. As chuvas mais frequentes em fevereiro e início de março favoreceram o desenvolvimento vegetativo, o vigor das plantas e o potencial produtivo. No entanto, a manutenção desse desempenho está condicionada à ocorrência de chuvas regulares, especialmente porque 8% dessas lavouras estão na fase crítica de enchimento de grãos, e 4% das áreas implantadas em janeiro encontram-se em estágios sensíveis, como pendoamento e embonecamento, que são altamente vulneráveis ao déficit hídrico, destaca o documento. 

As lavouras tardias apresentam boas condições fitossanitárias, com baixa incidência de doenças e pragas. O monitoramento e o controle da cigarrinha seguem ativos nas lavouras até o estágio V10, quando as dez primeiras folhas estão completamente desenvolvidas. 

Em relação à soja, a colheita avançou de 5% para 11% da área cultivada no RS, acompanhando o encerramento do ciclo fenológico das lavouras. Atualmente, 41% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos, enquanto 39% já se encontram em maturação.  

Em grande parte do Estado, os rendimentos e a maturação permanecem desuniformes, reflexo da variabilidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo. Essa irregularidade climática impactou tanto a eficiência operacional da colheita quanto a qualidade final dos grãos. Na região Centro-Oeste, as lavouras mais afetadas pela estiagem apresentam produtividade reduzida (em torno de 500 kg/ha), além de menor peso e qualidade dos grãos. A falta de chuvas, especialmente nas áreas com menor precipitação registrada em 9 de março, continua prejudicando as plantas em fases críticas, como floração, formação de vagens e enchimento de grãos. A insuficiência de volumes adequados de precipitação preocupa os produtores, uma vez que as perdas podem se intensificar ainda mais. Nas áreas sob estresse hídrico, os grãos apresentam tegumento enrugado e coloração esverdeada. Em casos mais extremos, observam-se perdas devido à abertura de vagens e debulha, além de um aumento significativo na demanda por cobertura do Proagro.  

Por outro lado, nas lavouras que sofreram com o estresse hídrico em janeiro, mas foram beneficiadas pelas chuvas de fevereiro e início de março, é possível observar vagens em diversos estágios de desenvolvimento, desde a formação inicial até o enchimento completo dos grãos, bem como a emissão de novas folhas nas plantas.

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