O Parque da Redenção, um dos cartões postais da capital dos gaúchos, foi tomado pela água. Ruas dos bairros Azenha e Santana, que não tinham registrado problemas até então, também sofreram com o grande volume de chuva.
Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2024
Enquanto bairros das zonas norte e sul de Porto Alegre continuam alagados, as chuvas que atingiram a Região Metropolitana na última quinta-feira (23) colocaram novos pontos da cidade embaixo d’água.
Regiões que ainda não tinham sido atingidas pela catástrofe climática amanheceram debaixo d’água. Em poucas horas, foram registrados mais de 130 milímetros de chuva sobre a cidade, ultrapassando a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia, que era de 80 milímetros.
O Parque da Redenção, um dos cartões postais da capital dos gaúchos, foi tomado pela água. Ruas dos bairros Azenha e Santana, que não tinham registrado problemas até então, também sofreram com o grande volume de chuva.
Embora a capital gaúcha tenha sido tomada por um cenário mais do que caótico, a partir das novas cheias, o diretor-geral do DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto), Maurício Loss, nega que o sistema de drenagem tenha colapsado.
Segundo Loss, os novos pontos de alagamentos são gerados pelo excesso de chuva e não por uma falha no sistema de proteção contra cheias. “Há apenas uma operação limitada do sistema de drenagem, que está em recuperação”, afirma.
O diretor alega que a inundação, somada ao acúmulo de lodo, retarda o processo de limpeza do sistema de drenagem. “Tivemos um grande volume de chuva, isso fora dessa catástrofe que estamos vivendo. Esse volume, em condições normais, já causaria problemas”, completa.
Sem surpresa
Na coletiva, o prefeito Sebastião Melo (MDB) acrescentou que a prefeitura não foi pega se surpresa com a chuva e sim pela quantidade.
Questionado sobre as ações da prefeitura diante da previsão de chuvas, Melo disse que a prefeitura tomou “decisões rapidamente”. “A meteorologia dizia que poderia chover 80, 90, 100 mm espaçadamente. Essa chuva intensamente aconteceu pela manhã”, explicou Melo.
As aulas nas redes municipal, estadual e privada foram suspensas nessa sexta (24) devido à dificuldade de acesso a diversos pontos da cidade. A medida foi anunciada durante coletiva de imprensa ainda na quinta.
“As escolas municipais permanecerão abertas para que elas possam ser espaços de acolhimento, restaurantes e cozinhas, para que possam funcionar”, afirmou o prefeito.
Resgates
Moradores ilhados foram resgatados pelas forças de segurança. Na esquina da avenida Otto Niemeyer e a rua Arroio Grande, na zona sul da capital, uma creche foi evacuada. Cerca de 20 crianças estavam no local e foram retiradas com ajuda do corpo de bombeiros e voluntários.