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Economia Com a pandemia do coronavírus, o FMI projeta queda de 3% na economia global e de 5,3% no Brasil

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Fundo compara magnitude de crise provocada pela pandemia à da Grande Depressão, de 1929, e diz que momento é "bem pior" do que 2008

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Previsão está acima da meta central, mas dentro no intervalo de tolerância, de 2,5% a 5,5%. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O mundo enfrenta uma crise de magnitude comparada à da Grande Depressão, de 1929, e o momento atual tem um nome dado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional): a Grande Paralisação. Segundo o FMI, o tombo atual é bem pior do que a crise de 2008 e pela primeira vez desde a década de 30 fará tanto economias avançadas quanto emergentes e países em desenvolvimento entrarem em recessão.

Os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus fizeram o fundo fazer revisões extraordinárias nas suas projeções. A expectativa dos economistas do FMI é de que atividade econômica mundial caia 3% em 2020. Para o Brasil, a previsão é de que a economia encolha 5,3% neste ano e cresça 2,9% em 2021.

O Brasil terá um tombo maior e recuperação mais fraca do que a América Latina e Caribe. Em conjunto, países da região devem ter uma queda de 5,2% na atividade em 2020, com recuperação de 3,4% em 2021.

A diferença na intensidade da recuperação fica mais gritante quando o País é comparado com economias avançadas. A projeção de crescimento do Brasil em 2020 é 7,5 pontos menor do que a estimativa de janeiro. No caso das economias avançadas, a diminuição na projeção é de 7,7 pontos porcentuais, com expectativa de encolhimento de 6,1% da atividade neste ano.

Em 2021, no entanto, essas economias – que incluem Estados Unidos, zona do euro e Japão, por exemplo – crescerão 4,5%, uma alta de 2,9 pontos na comparação com a perspectiva de janeiro. O Brasil, por sua vez, deve crescer 2,9%, um aumento de apenas 0,6 ponto porcentual na comparação com as estimativas do início do ano.

Os dados são parte do Panorama Econômico Global, relatório em que o Fundo divulga suas projeções. Desta vez, as 37 páginas tiveram lugar para agradecimento aos profissionais de saúde e defesa das medidas de distanciamento social como tentativa de conter a disseminação do vírus.

As perspectivas do FMI para o Brasil são menos otimistas do que as do mercado financeiro e bem diferentes das do governo. No último relatório Focus, a projeção mediana do mercado para o PIB deste ano era de retração de 1,96%. O governo revisou há pouco menos de um mês as projeções e, já em meio às consequências da pandemia, não previu queda no crescimento, mas estabilidade, com 0,02% de resultado no PIB (Produto Interno Bruto).

Se confirmada a projeção do FMI, o País viverá sua pior recessão desde 1901. A retração mais alta registrada na história recente foi uma queda de 4,35% na atividade econômica em 1990, ano do Plano Collor I.

Desemprego em alta

Também em 2020, 14,1% da população brasileira deve estar desempregada, partindo de uma taxa no ano passado de 11,9%. Em 2021, os desempregados serão 13,5% da sociedade. O nível de desemprego no País será mais alto que o de qualquer nação das Américas do Sul e do Norte – os dados de desemprego na Venezuela não foram estimados pelo FMI.

Mas o crescimento da massa de desempregados será bem maior nos Estados Unidos, por exemplo, que vivia a taxa mais baixa de desemprego dos últimos 50 anos, ao redor de 3,7%, e deve ter 10,4% da população sem trabalho em 2020.

A renda per capita do Brasil também deve cair mais do que a renda per capita média mundial. Enquanto o mundo deve diminuir em 4,2% a renda por pessoa, no Brasil a queda será de 5,9%. Em 2021, a expectativa é de aumento de 2,2% na renda no País, que já não tinha muitos motivos para comemorar nesse quesito desde 2014.

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