Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2024
Na solenidade, Lula e Janja receberam medalhas de honra da Obmep
Foto: Ricardo Stuckert/PRCom a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e dos ministros Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), 650 alunos de todo o País, entre eles cerca de 60 gaúchos, foram premiados na terça-feira (11), no Rio de Janeiro, com a medalha de ouro pelo desempenho na Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas).
A Olimpíada foi criada em 2005, durante o primeiro governo de Lula, como uma política educacional voltada às escolas públicas. Na solenidade, o presidente e a primeira-dama receberam uma medalha de honra da Obmep.
“Eu sou o brasileiro que mais tem o título de Doutor Honoris Causa sem ter um título de ensino superior. Eu acho que essa medalha de ouro significa muito mais do que muitos prêmios que recebi”, discursou o petista.
A 18ª edição da Obmep teve mais de 18 milhões de participantes, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, de 55,3 mil escolas públicas e privadas em 99,8% dos municípios brasileiros. Durante seu discurso, o presidente relembrou a criação da Obmep, que inicialmente destinava-se apenas às escolas privadas, e pontuou a importância da prova para estimular o gosto pela matemática em sala de aula.
“Há muita descrença nesse país sobre a tentativa de dar oportunidade aos jovens brasileiros, sobretudo aos jovens da periferia, que estudam em escola pública. Quando fomos discutir a Olimpíada de Matemática, quem mais participava era de escolas particulares do Ceará e do Piauí. E eu perguntei: ‘Por que a gente não leva para as escolas públicas?’. A matemática está hoje tanto em uma cidade de 5 mil habitantes quanto em outra de 200 mil. É um sucesso extraordinário, me sinto como se tivesse ganho seis medalhas de ouro”, disse Lula.
Alunos do RS
Entre os medalhistas presentes, cerca de 60 eram alunos do Rio Grande do Sul, que foram direta ou indiretamente afetados pelas enchentes no Estado. A Obmep, responsável pela logística de transporte dos estudantes, alterou passagens aéreas e ajustou as estratégias para atender às necessidades dos medalhistas.
A estudante Carolina Lavoratti Nied, de 13 anos, viajou de Travesseiro, no Vale do Taquari, ao Rio de Janeiro para receber sua segunda medalha na competição, a primeira de ouro. A conquista, de acordo com ela, foi como um alento para a família, que teve a casa atingida pelas enchentes.
“Eu estava com medo de não conseguir ir por conta dos aeroportos que ficaram fechados, mas estou muito feliz que deu certo. Meu pai veio comigo e está muito feliz com essa minha conquista”, relatou a jovem, que foi a única medalhista de ouro de Travesseiro.
Além das 650 medalhas de ouro nacionais entregues na solenidade no Rio, a 18ª Obmep já distribuiu, em cerimônias regionais, 1.950 medalhas de prata, 5.850 medalhas de bronze e 48.163 menções honrosas.
Os medalhistas nacionais da Obmep são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica. A iniciativa oferece uma bolsa de R$ 300 aos alunos de escolas públicas que integram o programa.
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