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Com a revisão do PIB de 2023, salário mínimo subiria para R$ 1.525 no ano que vem, mas governo quer limitar o reajuste

Para ter validade, o novo método de atualização anual do salário mínimo ainda terá de ser aprovado pelo Congresso. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Além de anunciar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre deste ano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também revisou o desempenho da economia em 2023, cuja expansão passou de 2,9% para 3,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3).

Com o crescimento maior do PIB no ano passado, também deveria subir mais o salário mínimo em 2025. Isso porque, pela fórmula atual de correção, a remuneração básica do trabalhador aumenta de acordo com a inflação, calculada em 12 meses até novembro do ano anterior, junto com o resultado do PIB de dois anos antes.

Desse modo, considerando a alta do PIB de dois anos antes (2023), e a projeção de inflação oficial do Ministério da Fazenda para o período de 12 meses até novembro, que é de 4,66%, o salário mínimo deveria ser elevado para R$ 1.525 a partir de janeiro, com o pagamento iniciando em fevereiro.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.412. Como o resultado da inflação até novembro ainda não foi divulgado, o valor final do salário mínimo em 2025 não foi fechado. Trata-se de uma estimativa. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro será divulgado pelo IBGE na próxima terça-feira (10).

Limitação do salário mínimo

Entretanto, o governo propôs a limitação do ritmo de crescimento do salário mínimo. A medida, se implementada, impede que o crescimento real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação, supere 2,5% a cada ano, que é o teto para expansão dos gastos no arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas aprovada em 2023.

Assim, o salário mínimo de 2025 seria reajustado para R$ 1.515, representando uma perda de R$ 10 por mês aos trabalhadores e aposentados. Para ter validade, o novo método de atualização anual do mínimo ainda terá de ser aprovado pelo Congresso Nacional.

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