A série de lifestyle “Com amor, Meghan”, apresentada por Meghan Markle, foi renovada pela Netflix para uma segunda temporada. Segundo informações da “Variety”, os novos episódios, inclusive, já foram até gravados e devem ir ao ar no segundo semestre.
A produção, em que a duquesa de Sussex recebe amigos em sua mansão, na Califfórnia, para conversas sobre jardinagem e culinária, estreou no dia 4 de março. A princípio, os oito episódios entrariam no ar no dia 15 de janeiro, mas, por causa dos incêndios na Costa Oeste dos Estados Unidos, ela e a plataforma de streaming decidiram pelo adiamento.
A série
O público pode ver Meghan Markle cuidando do jardim sob o sol da Califórnia, preparando refeições em uma belíssima cozinha e trabalhando como apicultora. “Não buscamos a perfeição, mas diversão”, diz a protagonista impecavelmente vestida no trailer. Sorrindo, acrescenta que sempre gostou de transformar algo comum em “sofisticado”.
O ambiente é sereno, festivo, distante da política ou das questões delicadas que costumam afetar o duque e a duquesa de Sussex após sua saída da família real há cinco anos. Não podemos esquecer a entrevista explosiva do casal sobre a família real à apresentadora americana Oprah Winfrey em 2021. Em seguida, lançaram a série documental “Harry e Meghan” em 2022, também pela Netflix.
Mulher engajada
Para Meghan Markle, essas adaptações são uma continuação de seu blog, “The Tig”, que encerrou contra sua vontade quando entrou para a família real. “Quem me acompanha desde 2014 no Tig, sabe que sempre adorei cozinhar, fazer atividades caseiras e jardinagem”, diz ela no vídeo em que anuncia o novo nome de sua marca.
“Está tentando reconstruir sua imagem”, diz Pauline MacLaran, professora da Royal Holloway University, em Londres, à AFP. Ela compara esse “reposicionamento” ao movimento “tradwife”(esposa tradicional). Nessa tendência, muito presente nas redes sociais dos Estados Unidos, esposas dedicadas à família contam suas histórias cotidianas.
A duquesa de Sussex sempre se apresentou como uma mulher engajada que não tem medo de expressar suas opiniões. O breve texto publicado no site da família real britânica na época de seu casamento com o príncipe Harry, em 2018, a apresentava como uma mulher “orgulhosa de ser feminista”, com uma “forte consciência das questões sociais”.
Desde que deixou a família real, manifestou-se diversas vezes sobre a questão da discriminação racial e da mudança climática. Mas os tempos estão mudando. Meghan Markle retornou ao Instagram no início de janeiro e, em meados de fevereiro, anunciou que havia mudado o nome de sua marca de “American Riviera Orchard” para “As Ever”. A empresa vende alimentos e utensílios domésticos.
“Ela também está em uma fase particular da vida, com dois filhos pequenos. Inevitavelmente, tem um impacto em sua maneira de ver as coisas”, acrescenta MacLaran. Segundo ela, Meghan Markle, frequentemente criticada pelos tabloides britânicos e descrita como uma “ditadora de salto alto” pela Vanity Fair, “não pode errar”.
“Até agora, nada deu certo. Daí esse novo enfoque”, resume Pauline McLaran.