Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2023
A aprovação do texto tem pouco efeito prático, mas impõe uma pressão política nos dois lados envolvidos no conflito.
Foto: DivulgaçãoO Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (22) uma resolução diplomática para o conflito na Faixa de Gaza. A proposta, elaborada pelos Emirados Árabes Unidos, passou por duas semanas de negociações até chegar no texto alcançado na quinta-feira.
Os Estados Unidos, um dos membros fundadores do Conselho e aliado de Israel, conseguiram a aprovação dos outros países para as mudanças que almejava e, com isso, colocaram-se, pela primeira vez, favoráveis a uma proposta de resolução que envolva o cessar-fogo.
A atual versão pede que sejam tomadas “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar-fogo sustentável”, mas não pede o fim imediato dos combates.
A aprovação do texto tem pouco efeito prático, mas impõe uma pressão política nos dois lados envolvidos no conflito.
Votação
O grupo é composto por cinco países com assentos permanentes – EUA, Reino Unido, China, Rússia e França – que, nas votações, possuem o poder de vetar resoluções e 10 outros países com assentos rotativos.
As soluções votadas no Conselho precisam de 9 votos favoráveis para serem aprovadas. No entanto, os países com assentos permanentes podem vetar a proposta aprovada, mesmo que sejam os únicos a negá-la. Esses membros também podem se abster de votar – ou seja, na prática, deixando a resolução ser aprovada.