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Política Com contas bloqueadas, PL não tem dinheiro para pagar casa e escritório de Bolsonaro em Brasília

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O bloqueio de R$ 13,5 milhões do partido aconteceu por ordem do presidente do TSE. (Foto: Alejandro Zambrana/Secom TSE)

Com dinheiro de suas contas bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL está sem recursos para pagar o aluguel da casa em que Jair Bolsonaro e Michelle devem morar depois de saírem do Palácio da Alvorada.

Como informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o partido e o casal já teriam escolhido uma residência no condomínio “Ville de Montagne”, no Jardim Botânico, em Brasília.

Integrantes do PL afirmam que também não há dinheiro para pagar o aluguel da sala reservada para Bolsonaro despachar ao lado da sede da legenda, após deixar a Presidência.

O bloqueio de R$ 13,5 milhões do partido aconteceu por ordem do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que impôs uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL, após a legenda questionar, sem provas, a integridade de quase 300 mil urnas, e só durante o segundo turno das eleições.

Na semana passada, a sigla apresentou um recurso a Moraes no qual pede que a suspensão do fundo partidário se limite a 10% do valor que o PL recebe mensalmente. Também solicitou o desbloqueio de outras contas que não estariam relacionadas ao fundo. O pleito ainda não foi apreciado.

Inelegibilidade

A chapa encabeçada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com duas ações para tornar o atual presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades inelegíveis por ataques ao sistema eleitoral e abuso de poder em razão do pacote de bondades distribuído durante o período eleitoral.

O primeiro pedido, em uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije), acusa Bolsonaro, dois dos seus filhos – o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) -, o candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto (PL), e outras cinco pessoas de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político.

Em uma longa ação de 199 páginas, a coligação de Lula sustenta que os acusados “promoveram reiterados ataques ao sistema eleitoral com efeitos concretos de intervenção na normalidade do transcurso das eleições”, destacando o fato de Bolsonaro ter até violado o sigilo de uma investigação sobre urnas eletrônicas com “dolo específico de respaldar toda a sua narrativa golpista”.

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