Três dias após o anúncio do Governo Federal de um corte de 30% no orçamento de universidades federais, algumas instituições do Rio Grande do Sul se manifestaram através de notas oficiais, afirmando que, com o bloqueio, correm severo risco de fechar as portas. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense, publicou no site oficial que “este bloqueio atingiu o orçamento de custeio e de investimento de forma direta, ficando fora do corte apenas os recursos previstos para a Assistência Estudantil”. Como consequência, de acordo com a publicação, “os cortes afetarão a oferta de bolsas em projetos de ensino, pesquisa e extensão, além de visitas técnicas e estágios, a continuidade de obras nos campus, a aquisição de laboratórios e equipamentos e todos os serviços terceirizados”.
O Centro Acadêmico Florestan Fernandes do curso de Ciências Sociais da UFPel também divulgou, nas redes sociais, que “se não houver recuo por parte do governo nessa medida, a UFPel terá suas portas fechadas em setembro deste ano”. Na nota oficial, também consta: “É com imenso pesar que o CAFF comunica e torna pública à toda comunidade acadêmica da UFPel e à sociedade pelotense os reflexos das medidas tomadas pelo ministro da educação e pelo desgoverno Bolsonaro”.
Se a previsão se concretizar, apenas na Universidade Federal de Pelotas mais de 18 mil alunos e pelo menos 2.600 servidores serão diretamente afetados. No IFSul os números são semelhantes, atingindo cerca de 17 mil alunos e 1600 servidores.
Entramos em contato com a reitoria da UFPel, que enviou uma nota de esclarecimento: