Quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Com derrota no Supremo, Bolsonaro estuda projeto de lei contra conselhos

Compartilhe esta notícia:

Bolsonaro disse saber como o pai do presidente da OAB desapareceu durante a ditadura militar. (Foto: Reprodução de TV)

Após sofrer uma derrota no STF (Supremo Tribunal Federal), o governo de Jair Bolsonaro deve enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para extinguir uma série de órgãos colegiados da administração pública federal – como conselhos, comitês e comissões.

Em julgamento no plenário, a Corte decidiu pela inconstitucionalidade de parte do decreto editado por Bolsonaro contra os órgãos. “O presidente entende que é necessário o reconhecimento e, mais que o reconhecimento, reforçar a independência dos Três Poderes. Então, aquilo que foi julgado há pouco pelo STF é perfeitamente entendido pelo presidente. E por considerar que o fato em si precisa ser reforçado, o presidente há de retornar com um instrumento legal, provavelmente um projeto de lei, para apresentar esta modificação partindo desta feita no próprio Congresso Nacional”, afirmou o general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República.

ONU

Bolsonaro foi denunciado à ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra, na Suíça, por ativistas brasileiros ligados à entidade Justiça Global. O motivo da queixa é um decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, com determinação para que os sete peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura sejam exonerados.

O texto também decide acabar com a remuneração para esses cargos, que passarão a ser ocupados por voluntários aprovados pelo próprio presidente. O órgão em questão é ligado ao Ministério Público e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves, e tem como função promover fiscalizações e produzir relatórios sobre violações de direitos humanos e casos de tortura em espaços de privação de liberdade, como penitenciárias, hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas.

A denúncia sobre a exoneração e a mudança nos salários foi enviada a Nils Melzer, relator especial da ONU para assuntos ligados à tortura e tratamentos e punições degradantes. De acordo com a Justiça Global, a medida do presidente impossibilita que o órgão opere e representa “um sério ataque às políticas de prevenção e combate à tortura e à proteção dos direitos humanos no Brasil”.

A entidade lembra que o Brasil é obrigado a manter o mecanismo em atividade em reconhecimento à Convenção da ONU Contra a Tortura. A denúncia enviada a Nils Melzer afirma ainda que o decreto levou o órgão a existir “somente no papel”, já que teria minado as suas capacidades operacionais.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Conselho Nacional de Justiça decidiu a favor do ministro da Justiça, Sérgio Moro, em todos os casos já julgados em que ele foi acusado de cometer infração no papel de juiz federal
Supremo Tribunal Federal determina que homofobia é crime no Brasil
https://www.osul.com.br/com-derrota-no-supremo-bolsonaro-estuda-projeto-de-lei-contra-conselhos/ Com derrota no Supremo, Bolsonaro estuda projeto de lei contra conselhos 2019-06-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar