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Política Com doutorado em Harvard e sem filiação partidária: saiba quem é a nova “chefe” das redes sociais de Lula

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Mariah Queiroz, secretária de Estratégia e Redes da Presidência da República. (Foto: Reprodução)

O tom mais dinâmico adotado nas redes sociais do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas semanas, com trilha sonora mais solta e exibindo o mandatário da República mais informal é a mudança mais nítida ao público desde a troca na Secretaria de Comunicação Social (Secom), agora chefiada por Sidônio Palmeira. A figura por trás da estratégia das novas postagens é Mariah Queiroz, secretária de Estratégia e Redes da Presidência da República.

Na terça-feira, por exemplo, Lula mudou a foto do perfil em suas redes para uma em que usa boné com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. O acessório foi usado por governistas no último dia 1º, durante a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado. A mensagem é um contraponto ao boné usado por bolsonaristas com a expressão “Make America Great Again” (Faça os Estados Unidos grandes novamente), da campanha de Donald Trump.

Vinda da equipe do prefeito de Recife, João Campos (PSB), Mariah recebeu a missão de ampliar a presença do governo no universo digital e reposicionar Lula nas plataformas digitais. O diagnóstico é que o governo tem sido atropelado por fake news e perdido a batalha para a direita nas redes.

Neófita no entorno presidencial e sem filiação partidária, a profissional chegou ao Palácio do Planalto no olho do furacão. No dia em que foi apresentada a Lula, instantes antes da cerimônia de sanção da reforma tributária no dia 16 de janeiro, o governo enfrentava o auge da crise do Pix.

Mariah conheceu Lula em um momento em que presidente não escondia a contrariedade – e o mau humor – por ter recuado de uma medida da Receita Federal que previa monitoramento de movimentações financeiras por pressão da oposição.

A administração da conta do Instagram de Lula, que na primeira metade do governo provocou uma queda de braço entre integrantes do Palácio do Planalto, agora está nas mãos dela.

A chegada de Sidônio ao círculo mais próximo da presidência tem promovido um encontro geracional no entorno de Lula. Mariah tem 37 anos, mesma faixa etária dos demais secretários de Sidônio, todos nativos digitais que agora trabalham com Lula, presidente de 79 anos que é declaradamente analógico e não usa telefone celular. De acordo com quem está próximo do petista, Lula está aberto às mudanças e tem demonstrado disposição de ajudar a se reposicionar no mundo digital.

A nova equipe defende uma abordagem mais simples nas redes sociais, com uso de símbolos próprios das plataformas, trilha sonora de trends de TikTok e posts em tom mais leve, diferente do que vinha sendo adotado até então, com publicações mais formais, padronizadas e estáticas.

Na visão de petistas que circulam na Secom, Mariah chega como com o gás do profissional que não está “contaminado” pelo ambiente do governo, o que pode ajudar a renovar a própria percepção do partido sobre posicionamento digital.

Integrantes do governo que já estiveram em reuniões com a estrategista relatam que é nítido o clima de mudança de forma e conteúdo do que vem sendo proposto. Porém, ponderam que ainda falta uma “unificação da pauta”, vinda da própria articulação política do governo, entre forma e mensagem, para que o governo consiga fazer frente à oposição nas plataformas digitais.

A principal credencial que levou Sidônio a trazê-la para Brasília é a sua participação na equipe de Rafael Marroquim, marqueteiro de João Campos, prefeito de capital mais bem posicionado nas redes sociais no Brasil e considerado uma referência no assunto pelo ministro. É a primeira vez que Sidônio e Mariah trabalham juntos. Até chegar no Palácio do Planalto, além de João Campos, Mariah atuou em campanhas eleitorais para Marcelo Freixo, Eduardo Paes, Luiz Fernando Pezão e Igor Normando.

Com parte da pesquisa do doutorado feita na Universidade de Harvard, Mariah tem uma formação acadêmica e trabalha com leituras de pesquisas qualitativas e levantamentos que captam fenômenos nas redes sociais, o que se encaixa nos planos de Sidônio de criar uma central de monitoramento e resposta rápida de crise no Palácio do Planalto.

De campanhas eleitorais a governos, a comunicação no PT sempre foi um ambiente de disputa e brigas internas. Mariah ocupa agora um posto que era um campo minado durante a gestão de Paulo Pimenta, com conflitos internos que envolviam a primeira-dama Janja da Silva, a ex-secretária de Estratégias e Redes, Brunna Rosa, além do fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert, e o ex-secretário de Imprensa, José Crispiniano. A chegada de Sidônio alterou a correlação de forças na Secom e no próprio entorno de Lula. As informações são do jornal O Globo.

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