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Porto Alegre Com falta de doses, postos de saúde de Porto Alegre suspendem a vacinação contra dengue

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Imunizante tem como público-alvo atual a faixa etária dos 10 aos 15 anos incompletos. (Foto: EBC)

Com falta de doses de vacina contra a dengue, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre anunciou nessa quarta-feira (23) a suspensão do procedimento nos postos da rede. A paralisação deve continuar até que seja recebida nova remessa do Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição do fármaco para os governos estaduais e municipais. Ainda não há previsão.

A imunização tem sido oferecida dos 10 aos 15 anos incompletos, conforme orientação da pasta federal. Desde o início da ofensiva contra a doença, mais de 20 mil das quase 73 mil crianças e adolescentes dessa faixa etária na capital gaúcha receberam a primeira dose, o que corresponde a 27,5%. Já a segunda e última aplicação do ciclo contemplou quase 6,7 mil, ou 9%.

O imunizante utilizado é o Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda Pharma e que protege contra quatro diferentes sorotipos da doença. Dentre seus protocolos está o intervalo de três meses entre cada dose. Idosos (60 anos ou mais) ainda não podem receber o fármaco, pois os estudos científicos ainda estão em andamento no que se refere a esse grupo populacional.

Com a vacinação suspensa, as medidas de prevenção tornam-se ainda mais importantes. A população deve colaborar eliminando focos de água parada em recipientes como pneus, vasos de plantas, garrafas, calhas e caixas d’água. Também é recomendado o uso de repelentes, a instalação de telas em portas e janelas e atenção redobrada em locais com maior incidência da doença.

A secretaria orienta que, diante de sintomas como febre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas na pele, a população procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica. Se não tratada a tempo, a dengue pode evoluir para quadros graves, com risco de morte sobretudo em crianças, idosos e indivíduos com outras doenças pré-existentes.

Reforço

Enquanto novas doses não chegam, equipes da SMS permanecem mobilizadas em ações de controle do mosquito Aedes aegypti, cuja picada da fêmea transmite dengue, zika e chikungunya. A ofensiva contará, a partir dos próximos dias, com o apoio do Exército, reprisando assim uma parceria estabelecida no ano passado.

O trabalho será realizado de forma integrada às estratégias já desenvolvidas em Porto Alegre, como mutirões de limpeza, visitas domiciliares e ações educativas em escolas. Os militares já são treinados nesta semana e devem reforçar as equipes nos próximos dias. No foco da iniciativa estão duas frentes principais:

– Atividades de conscientização da população, com equipes nas ruas.

– Apoio logístico na aplicação de inseticida nos bairros com maior número de casos.

“A parceria com o Exército é fundamental em momentos de maior incidência da doença. A união de esforços é essencial para que possamos ampliar as ações preventivas e proteger a população”, destacou o titular da SMS, Fernando Ritter.

O avanço dos casos de dengue motivou o poder público municipal a decretar situação de emergência, vigente desde o dia 17 de abril. Porto Alegre acumula neste ano mais de 4,6 mil testes positivos, com duas mortes. A Zona Norte é a região com a maior incidência de casos da doença.

(Marcello Campos)

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