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Viagem e Turismo Com hotéis vazios e voos cancelados, o turismo no Oriente Médio sofre com o conflito entre Israel e Hamas

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Petra, a joia do deserto jordaniano, tem agora poucos visitantes: 900 mil turistas a visitaram no ano passado. (Foto: Reprodução)

Os turistas estão abandonando a região do Oriente Médio devido ao conflito entre Israel e Hamas, colocando em risco nações como Jordânia, Líbano e Egito, cujas economias dependem fortemente do turismo internacional.

Em Petra, a joia do deserto jordaniano, onde 900 mil turistas visitaram no ano passado, “você verá poucos visitantes”, embora tenha havido multidões no início de outubro, disse o guia de turismo Amer Nezami.

“As viagens turísticas combinadas que incluem a Jordânia, a Cisjordânia e Israel pararam completamente, e dezenas de viagens turísticas reservadas foram canceladas, especialmente grupos dos Estados Unidos”, disse Nezami, 46 anos, à AFP.

Na recepção do Petra Palace Hotel, Safi Nawafleh confirmou que os principais hotéis registraram uma queda de 25% a 50% nas reservas desde o início da guerra e disse que “alguns hotéis pequenos não têm hóspedes”.

Os combates começaram em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atravessaram a fronteira militarizada de Gaza com Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 240, de acordo com as autoridades israelenses.

Em resposta, Israel prometeu eliminar o Hamas e desencadeou uma campanha militar aérea e terrestre que, segundo o governo do Hamas, matou mais de 15 mil pessoas em Gaza, também em sua maioria civis.

Durante uma trégua de sete dias que começou na última sexta-feira, o Hamas libertou 80 reféns israelenses em troca de 240 prisioneiros palestinos, e mais ajuda entrou em Gaza, onde cerca de 80% da população está deslocada e com falta de alimentos e água.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, informou que 29 pessoas foram mortas nas primeiras horas após o término da pausa nas hostilidades.

Antes do ataque de 7 de outubro, o Oriente Médio estava desfrutando de um boom de visitantes, registrando o maior ganho entre as regiões globais durante o período de janeiro a julho, com chegadas que excederam os níveis pré-pandêmicos em 20%, de acordo com a Organização Mundial de Turismo, da ONU.

Mas “a guerra secou a demanda de viagens para Israel” e isso “tem um efeito cascata nos destinos vizinhos, com os países do Oriente Médio sofrendo uma forte queda nas novas reservas”, disse Olivier Ponti da ForwardKeys, uma empresa que analisa tendências de viagens.

Alguns viajantes de sol e mar estão trocando a Turquia e o Egito por destinos no sul da Europa, como Espanha, Grécia e Portugal, acrescentou ele.

No início de novembro, a S&P Global Ratings afirmou que o Líbano, a Jordânia e o Egito, que são vizinhos diretos de Israel e Gaza, seriam os mais afetados pela queda no turismo.

A agência observou que o turismo foi responsável por 26% das receitas externas do Líbano no ano passado. A cifra foi de 21% para a Jordânia e 12% para o Egito. Para Israel, o número foi de apenas 3%.

“Desde a guerra entre Israel e o Hamas, várias agências de turismo no Egito relataram cancelamentos de cerca de metade das reservas para novembro e dezembro, principalmente de viajantes europeus”, observou a S&P.

A agência acrescentou que várias companhias aéreas suspenderam os voos para o Líbano, onde os militantes do Hezbollah têm trocado tiros de artilharia com as tropas israelenses do outro lado da fronteira.

Na terça-feira, a EasyJet alertou que o conflito afetaria seus ganhos, já que os voos para o Egito, Israel e Líbano (dois destinos suspensos) representam 4% de sua capacidade.

A MSC cancelou as operações de inverno de seus navios de cruzeiro MSC Orchestra e MSC Sinfonia, que deveriam navegar pelo Mar Vermelho e atracar no porto mediterrâneo de Haifa, em Israel.

Por enquanto, a S&P não prevê um declínio considerável no turismo para a Turquia, devido à sua distância geográfica do conflito, nem um grande impacto para os Emirados Árabes Unidos, onde as chegadas de turistas estão acima dos níveis pré-pandêmicos.

Porém, “muito dependerá da duração do conflito e se ele se espalhará para a região mais ampla”, disse a S&P.

Suleiman Farajat, assessor do gabinete do primeiro-ministro da Jordânia, disse que, se o conflito continuar, “a próxima temporada de turismo estará em perigo”.

Mas se o conflito terminar logo, ele espera que a situação possa voltar ao normal até setembro de 2024. As informações são da agência de notícias AFP.

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https://www.osul.com.br/com-hoteis-vazios-e-voos-cancelados-o-turismo-no-oriente-medio-sofre-com-o-conflito-entre-israel-e-hamas/ Com hotéis vazios e voos cancelados, o turismo no Oriente Médio sofre com o conflito entre Israel e Hamas 2023-12-01
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