Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A opção do presidente Lula (PT) pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para assumir o Ministério da Justiça não é inédito. O petista repete ato do ex-presidente José Sarney, que em 1989 escolheu Oscar Dias Correia, ministro aposentado do STF dias antes. Ele substituía a Paulo Brossard, ex-senador gaúcho histórico, que era o ministro da Justiça e assumiria vaga no STF.
Dois exemplos
Desde as eleições diretas, outros dois ministros trocaram o STF pela Esplanada dos Ministérios: Nelson Jobim e Francisco Rezek.
Lula II
Jobim virou ministro da Defesa de Lula, em 2007. Rezek pediu para sair do STF em 1990 para assumir o Ministério das Relações Exteriores.
Caminho ‘regular’
Outros 10 ministros na história do STF, como Nelson Jobim e atualmente Alexandre de Moraes, ocuparam o Ministério da Justiça antes do STF.
Outra semelhança
O caso de Lewandowski lembra o do juiz Sergio Moro, que deixou a magistratura para assumir a pasta da Justiça do governo que apoia.
Visita paraguaia deveria, mas não irá inspirar o Brasil
Visto com preconceito pela elite política brasileira, o Paraguai virou um exemplo a ser seguido, mas a visita a Brasília do presidente daquele país, Santiago Peña, nesta segunda-feira (15), não servirá de inspiração para o governo brasileiro, adepto de concepções que deram errado onde foram aplicadas. Adotando o liberalismo, o Paraguai tem registrado crescimento econômico chinês há anos e, ao contrário do Brasil, que pune, estimula investimentos privados, geradores de empregos e renda.
Agenda definida
Considerado político jovem e moderno, Peña vem tratar de temas do interesse do seu país, como Itaipu, combate à criminalidade e Mercosul.
Vida mais justa
O ritmo de crescimento do Paraguai é o triplo do Brasil e o custo de vida de uma família equivale a 60% do salário-mínimo, de valor semelhante.
Imposto justo
O Paraguai cobra imposto sobre renda e não sobre consumo: seu IVA soma 10%, quase três vezes menos que os esperados 27% do brasileiro.
Golpe baixo
Não foi apenas uma mentira: Lula aplicou golpe baixo acusando Ibaneis Rocha, governador do DF, de estimular o 8 de janeiro. Ao contrário de G. Dias, general de Lula, flagrado confraternizando com invasores, Ibaneis foi gravado dando ordens à PM para reprimir e prender os vândalos.
Denotação
Líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ) chama de “toma lá dá cá” a nomeação do filho da ministra Nísia Trindade (Saúde) como secretário da prefeitura de Cabo Frio (RJ), após envio de R$55 milhões ao município.
Isso é governo
Após críticas por “decretar o fim de semana” às 18h semanas atrás, a Presidência da República foi às redes sociais na última sexta-feira (12) para anunciar, às 20h30, que “sextou”.
Larga essencial
O ex-senador Álvaro Dias comemorou os 40 anos desde o “primeiro grande comício ‘Diretas Já’”, em janeiro de 1984, em Curitiba (PR). “Foi a largada fundamental para a redemocratização no nosso País”, lembrou.
Eleição indireta
Ex-governador e candidato da Aliança Democrática na transição após a ditadura, Tancredo Neves era eleito Presidente da República pelo voto indireto de um colégio eleitoral, em 15 de janeiro de 1985.
Proporção considerável
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, comemorou o crescimento de quase 30% no número de filiados ao partido, que passou de 32 mil para 42 mil nos últimos seis meses. “Rumo aos 50 mil”, disse.
Aviso prévio
Órgão oficial do governo da China avisou que planos de independência são incompatíveis com a paz no Estreito de Taiwan e contrários “aos interesses e bem-estar do povo de Taiwan”.
Rola a bola
As primárias do partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump, começam oficialmente nesta segunda-feira (15). É a eleição que vai definir que será o candidato que enfrentará a reeleição de Joe Biden.
Pensando bem…
…regular, nem o tamanho.
PODER SEM PUDOR
A ponte que nos partiu
Foi acalorada a discussão na Assembleia Legislativa do Rio, certa vez, sobre a “ponte Rosinha Garotinho”, em Campos. O deputado tucano Luiz Paulo alertava para o “erro” do então governador Sérgio Cabral em batizar logradouros públicos com nome de pessoas vivas, e o da ex-governadora em aceitar a homenagem. O deputado Paulo Melo (PMDB-RJ) lembrou: “Em Saquarema, todos conhecem a avenida da praia como Avenida Luiz Paulo, porque foi V. Exa. quem me ajudou a fazer.”
(Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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