Começaram a ser distribuídas nesta quarta-feira (10) cerca de 207 mil doses do imunizante Coronavac para as coordenadorias regionais da Secretaria Estadual da Saúde (SES). As ampolas são provenientes da mais recente remessa do Ministério da Saúde, na noite de terça-feira, reforçada por um lote residual estocado havia uma semana.
As cotas disponíveis na Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre, foram retiradas na tarde desta quarta-feira pela 8ª e 16ª unidades regionais, além da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital gaúcha. Também foi realizada a entrega na 1ª Coordenadoria.
Já as demais coordenadorias deverão receber o produto nesta quinta-feira (11), com distribuição por via terrestre e aérea – esta última é realizada pela Brigada Militar e Polícia Civil.
As doses distribuídas agora serão destinadas à conclusão da vacinação de idosos com 80 anos ou mais, para ampliar a imunização dos gaúchos com idades de 77 a 79 anos e também para profissionais de saúde ainda não vacinados.
“Essa etapa da campanha de vacinação irá contemplar a totalidade dos idosos de 77 anos ou mais e 83% dos profissionais de saúde em todo território do Rio Grande do Sul”, detalhou o Palácio Piratini. “Todas são destinadas a primeira aplicação da vacina.”
A resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nº 36/2021, que trata sobre a destinação dessas doses de Coronavac (produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria, no Brasil, com o Instituto Butantan-SP), permite a ampliação da faixa etária de idosos a serem vacinados, uma vez que se atinja 100% das pessoas com 77 anos ou mais.
Pode-se ampliar a campanha, por exemplo, para idosos com 76 anos, depois 75 anos, e assim por diante, conforme o estoque disponível no município. É o que está nos planos da prefeitura de Porto Alegre e de outras cidades no momento atual.
Com essa remessa, o Estado recebeu e distribuiu até agora 1,28 milhão de doses de vacinas contra o coronavírus. Já foram aplicadas 722,7 mil doses (entre primeira e segunda aplicação).
Intubação
Nesta semana, o abastecimento de medicamentos do chamado “kit intubação” nos hospitais gaúchos voltou à pauta da Secretaria Estadual da Saúde, devido ao aumento da demanda por leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) nas últimas semanas.
São sedativos, relaxantes musculares e anestésicos para a realização de intubação de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid – produtos cuja compra é de responsabilidade dos hospitais.
Em reunião com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, a equipe diretiva da SES apresentou dados do acompanhamento semanal realizado na rede hospitalar. O objetivo é auxiliar os gestores das instituições a manterem os estoques sempre abastecidos.
Conforme levantamento apresentado pelo diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Roberto Schneiders, uma pequena porcentagem dos hospitais está com problemas críticos de abastecimento, enquanto outros têm estoques para mais de seis meses, dependendo do medicamento.
A Secretaria está encaminhando uma reunião dos gestores de instituições hospitalares com os fornecedores desses medicamentos, mas também incentiva e valoriza o remanejo de medicamentos entre os hospitais, ressaltou o dirigente:
Para solucionar um possível desabastecimento, e SES ainda trabalha em um diagnóstico detalhado dos motivos da falta do medicamento, contatando hospitais e os principais fabricantes no país, assim como a aquisição excepcional pelo Estado e solicitação de doação de insumos disponíveis junto ao Ministério da Saúde.
Entre julho e agosto de 2020, a Secretaria realizou a compra e distribuição excepcional de anestésicos para a rede hospitalar, em um período de dificuldade de aquisição desses medicamentos e para garantir o melhor atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
(Marcello Campos)