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Por Redação O Sul | 25 de julho de 2022
Novos diagnósticos da doença registram crescimento exponencial nas últimas semanas, principalmente em São Paulo.
Foto: ReproduçãoO Brasil já é o sétimo País do mundo com maior número de casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox), segundo dados do Ministério da Saúde e de órgãos sanitários internacionais. O primeiro diagnóstico ocorreu em São Paulo no dia 8 de junho.
O boletim mais recente, divulgado no fim da tarde desta segunda-feira (25), mostra que são 813 infecções e 363 casos suspeitos. O número se aproxima da Holanda, que tem 818 pacientes com a doença.
São Paulo tem 595 casos, número que dobrou nas últimas duas semanas. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar (109), seguido de Minas Gerais (42). Nestes Estados já há transmissão local do vírus (sem ligação com viagens).
Até esta tarde, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos contabilizava mais de 16,5 mil casos de varíola do macaco em 68 países onde a doença não é endêmica.
A Espanha lidera a lista, com 3.125 casos. Em seguida, aparecem Estados Unidos (2.890), Alemanha (2.268) e Reino Unido (2.208). Não houve mortes até o momento fora do continente africano.
Diante do avanço rápido da doença – os primeiro casos fora da África foram registrados no início de maio – a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou, no sábado (23), que a monkeypox é uma ESPII (Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional).
Este é o mais alto nível de alerta da agência e tem como objetivo convocar governos para uma atuação conjunta.
“Nós temos um surto que tem se espalhado rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão, sobre os quais nós entendemos muito pouco”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao declarar a emergência global.
Ele se refere à via de transmissão por contato sexual, que foi observada em 95% dos pacientes em um estudo publicado na renomada revista científica “The New England Journal of Medicine”, na semana passada.
As tradicionais erupções na pele (rash), observadas em abundância nos pacientes da África, não estão se repetindo nos pacientes fora daquele continente.
Ao invés disso, muitas vezes pacientes são diagnosticados a partir de uma única lesão na região genital, perianal ou oral.
Ainda assim, trata-se de uma doença possível de ser transmitida por contate de pele prolongado ou por secreções, como saliva. Desta forma, o contato próximo com pessoas com suspeita da doença ou diagnóstico confirmado deve ser evitado.