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Dois mil postos de vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul neste sábado. Porto Alegre com passe-livre nos ônibus

Integrado à campanha nacional de vacinação contra a gripe, o Rio Grande do Sul terá neste sábado mais de 1,8 mil salas e postos de saúde abertos para o “Dia D” de imunização contra a doença. Na capital gaúcha (com passe-livre nos ônibus), são mais de 80 locais disponíveis – a lista completa está no site www.portoalegre.rs.gov.br.

A ofensiva do governo federal foi aberta oficialmente em 10 de abril e prossegue até 31 de maio. Ao todo, aproximadamente 3,8 milhões de residentes em todo o Estado estão incluídos nos segmentos populacionais considerados prioritários.

São eles as crianças com idade entre 6 meses e 6 anos, as grávidas, as puérperas (mãe com até 45 dias pós-parto), trabalhadores da saúde, idosos (60 anos ou mais), professores, policiais, bombeiros e militares, além de doentes crônicos, obesos e transplantados.

De acordo com o Ministério da Saúde, todos esses indivíduos devem ser vacinados antes da chegada do inverno (21 de junho). A orientação se dá em virtude do tempo necessário para que os anticorpos proporcionem o grau máximo de proteção. Para a dose começar a ser efetiva, são necessários em torno de 15 dias após a aplicação, enquanto o maior efeito costuma chegar em um mês.

Em alguns grupos que se caracterizam por uma imunidade mais frágil (idosos, por exemplo), esse período até que a vacina passe a proteger de forma mais completa pode demorar ainda mais: em vez de quatro semanas (um mês), o prazo pode chegar a seis semanas (um mês e meio).

As condições do inverno favorecem a proliferação dos vírus da gripe no ambiente. Isso porque, em um cenário com temperaturas mais baixas, as pessoas permanecem mais tempo em locais fechados e pouco arejados, facilitando assim a transmissão por meio de tosses e espirro. O vírus da influenza também fica mais tempo em suspensão no ar com o clima frio e seco, característico do inverno.

Em populações com o sistema imunológico mais fragilizado, como os idosos e crianças, a vacina da gripe (assim como as demais) apresenta uma eficácia reduzida no que se refere à proteção. Segundo o Ministério da Saúde, entretanto, a imunização pode reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonia, em 75% a mortalidade global e em 50% as doenças relacionadas à influenza.

Segurança

Elaborada com vírus mortos e que não possuem a capacidade de gerar a gripe em quem recebe a dose, a vacina contra a doença oferece segurança e não causa a doença. A garantia do Ministério da Saúde e do governo do Estado é reforçada por profissionais do setor e representantes de entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Imunizações .

As doses disponíveis na rede pública são compostas por três tipos de vírus influenza (A-H1N1, A-H3N2 e B). Nas vacinas, são utilizados fragmentos dessas cepas. “A vacina da gripe é uma vacina inativada, diferente de outras que são feitas com vírus atenuados, como a do sarampo e da rubéola”, explica o presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Juarez Cunha.

A diferença é que as vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas extremamente enfraquecidos. Já as vacinas inativadas usam agentes mortos, alterados, ou apenas partículas deles. Conforme a SBIm, os dois tipos de vacina são chamados de antígenos e têm como função reduzir ao máximo o risco de infecção ao estimular o sistema imune a produzir anticorpos, de forma semelhante ao que acontece quando somos expostos aos vírus e às bactérias, porém, sem causar doença.

(Marcello Campos)

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