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Rio Grande do Sul Com mais três mortes, chegam a 14 os casos fatais de dengue entre os gaúchos neste ano

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Estatística foi ampliada por duas vítimas, ambas do sexo masculino e sem doenças pré-existentes. (Foto: EBC)

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou nessa terça-feira (5) mais três mortes por dengue, elevando assim para 14 o número de desfechos fatais da doença entre os gaúchos desde o início de janeiro. As vítimas mais recentes são uma mulher de 26 anos, outra de 67 e um homem de 72, nas respectivas cidades de Frederico Westphalen, Cerro Largo e Giruá (todas na Região Noroeste do Estado).

Os óbitos ocorreram no período de 22 de fevereiro e 1º de março, mas só agora incluídos na estatística oficial. Apenas a idosa de Cerro Largo sofria de comorbidade (doença crônica que amplia o risco de agravamento do quadro de saúde para quem contrai a infecção). Confira o ranking estadual de perdas humanas, em ordem decrescente:

– Tenente Portela: 3 mortes.
– Frederico Westphalen: 2 mortes.
– Canoas: 1 morte.
– Cerro Largo: 1 morte.
– Cruz Alta: 1 morte.
– Giruá: 1 morte.
– Independência: 1 morte.
– Lajeado: 1 morte.
– Novo Hamburgo: 1 morte.
– Santa Cruz do Sul: 1 morte.
– Santa Rosa: 1 morte.

Situação epidemiológica

Transcorridos pouco mais de dois meses do ano, o Rio Grande do Sul registra ao menos 12.234 testes positivos de dengue, dos quais 10.390 são casos autóctones (contraídos dentro do próprio Estado). Os dados constam no site dengue.saude.rs.gov.br.

A exemplo do que ocorreu em 2023 (não só no Estado), a maioria das mortes tem como vítimas indivíduos idosos (a partir dos 60 anos) e com comorbidades. Ambos os grupos populacionais estão entre os de maior risco em caso de contaminação pela picada do inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Em Porto Alegre são 434 casos confirmados em 2024 – dos quais 371 foram contraídos na cidade. O mesmo período do ano passado, eram 49 testes positivos (quase dez vezes menos). Os casos abrangem 78 bairros, com destaque para Restinga, São João, Partenon, Sarandi, Higienópolis, Bom Jesus, Cristal, Passo D’Areia, Centro Histórico e Cavalhada.

Em relação à infestação vetorial, o levantamento da semana 9 registrou índice crítico, com alta infestação em 43 de 46 bairros monitorados com armadilhas. Os detalhes são divulgados em ondeestaoaedes.com.br.

Prevenção

As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.

Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da  eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.

Sintomas

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.

– dor retro-orbital (atrás dos olhos).

– dor de cabeça.

– dor no corpo.

– dor nas articulações.

– mal-estar geral.

– náusea.

– vômito.

– diarreia.

– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).

(Marcello Campos)

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