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Rio Grande do Sul Porto Alegre tem sua primeira morte por dengue neste ano. Número de casos fatais no Estado chega a 41

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Em 92% dos casos, o paciente foi picado pelo mosquito transmissor na própria cidade. (Foto: Arquivo/EBC)

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre informou nesta terça-feira (26) a primeira morte por dengue na cidade em 2024. Trata-se de uma mulher de 37 anos, sem comorbidades e que faleceu no dia 19, mas só agora teve a causa do óbito confirmada. Com isso, subiu para 41 o número de casos fatais da doença no Rio Grande do Sul neste ano.

Transcorridos quase três meses inteiros desde o início do ano, 25 das 497 cidades gaúchas têm ao menos uma morte decorrente da infecção após a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Confira o ranking estadual de óbitos, em ordem decrescente, conforme estatística disponível no site dengue.saude.rs.gov.br:

– São Leopoldo: 6 mortes.
– Novo Hamburgo: 4 mortes.
– Tenente Portela: 4 mortes.
– Frederico Westphalen: 3 mortes.
– Santa Rosa: 3 mortes.
– Giruá: 2 mortes.
– Araricá: 1 morte.
– Canoas: 1 morte.
– Capão da Canoa: 1 morte.
– Carazinho: 1 morte.
– Cerro Largo: 1 morte.
– Cruz Alta: 1 morte.
– Esteio: 1 morte.
– Gravataí: 1 morte.
– Independência: 1 morte.
– Iraí: 1 morte.
– Lajeado: 1 morte.
– Palmitinho: 1 morte.
– Porto Alegre: 1 morte.
– Redentora: 1 morte.
– Santa Cruz do Sul: 1 morte.
– Santana do Livramento: 1 morte.
– São Borja: 1 morte.
– Três Passos: 1 morte.
– Vista Gaúcha: 1 morte.

Perfil de risco

A exemplo do que ocorreu no ano passado (não só no Rio Grande do Sul), a maioria dos gaúchos mortos pela doença é de idosos (a partir dos 60 anos) e com comorbidades (doenças crônicas potencialmente agravantes em quadros de dengue e covid, por exemplo). Ambos os segmentos populacionais estão entre os de maior risco em caso de contaminação pela picada do inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Em números arredondados, quase 33 mil gaúchos já receberam teste positivo para a doença neste ano, dos quais 27,9 mil foram contaminados pelo inseto dentro do próprio Estado (casos conhecidos como “autóctones”). Outros 15,6 mil casos suspeitos são investigados. Os números apresentam crescimento constante, conforme se verifica nos boletins diários da SES.

Novo Hamburgo concentra a maioria das notificações (4.294). Na sequência aparecem Santa Rosa (3.896), São Leopoldo (3.091), Tenente Portela (2.617), Três Passos (1.381), Frederico Westphalen (1.330) e Três de Maio (1.007).

A onda de casos da doença motivou o governo do Estado, no dia 12 de março, a decretar situação de emergência em saúde pública. O objetivo é reforçar ações de prevenção e controle, bem como o atendimento a pacientes em um cenário de risco epidemiológico.

Com a medida, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) poderá destinar (e receber do governo federal) com maior agilidade os recursos necessários à compra de medicamentos e vacinas, dentre outros, sem os trâmites burocráticos de uma licitação, por exemplo.

Prevenção e sintomas

As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.

Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da  eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada. Confira os sinais mais característicos da dengue:

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.

– dor retro-orbital (atrás dos olhos).

– dor de cabeça.

– dor no corpo.

– dor nas articulações.

– mal-estar geral.

– náusea.

– vômito.

– diarreia.

– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).

 

(Marcello Campos)

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