O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar, mais uma vez, a taxa básica de juros do país. O Banco Central (BC) decidiu aumentar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 13,25% ao ano.
O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,18%. A primeira colocação do ranking, ocupada em dezembro pela Turquia, agora ficou com a Argentina, com taxa real de 9,36%.
Na última divulgação, em dezembro, o Brasil já ocupava a segunda posição da lista. Fatores como o risco fiscal, o câmbio, a inflação e a frustração com o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo pressionaram o fechamento da taxa real de juros, informou o MoneYou.
Nesta edição do ranking, destaque para a Argentina, que saltou da 28ª para a 1ª colocação. O movimento é resultado das quedas na taxa de juros e na inflação do país. Agora, a lanterna ficou com a Turquia.
Veja abaixo as taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses dos cinco primeiros países do ranking:
– Argentina: 9,36%;
– Brasil: 9,18%;
– Rússia: 8,91%;
– México: 5,52%;
– Indonésia: 5,13%.
Alta da Selic
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão de hoje marca a quarta alta seguida da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
– Turquia: 45,00%;
– Argentina: 32,00%;
– Rússia: 21,00%;
– Brasil: 13,25%;
– México: 10,00%;
– Colômbia: 9,50%;
– África do Sul: 7,75%;
– Hungria: 6,50%;
– Índia: 6,50%;
– Filipinas: 5,75%;
– Indonésia: 5,75%;
– Polônia: 5,75%;
– Chile: 5,00%;
– Hong Kong: 4,75%;
– Reino Unido: 4,75%;
– Estados Unidos: 4,50%;
– Israel: 4,50%;
– Austrália: 4,35%;
– Nova Zelândia: 4,25%;
– República Checa: 4,00%;
– Canadá: 3,25%;
– Alemanha: 3,15%;
– Áustria: 3,15%;
– Espanha: 3,15%;
– Grécia: 3,15%;
– Holanda: 3,15%;
– Portugal: 3,15%;
– Bélgica: 3,15%;
– França: 3,15%;
– Itália: 3,15%;
– China: 3,10%;
– Coreia do Sul: 3,00%;
– Malásia: 3,00%;
– Cingapura: 2,98%;
– Dinamarca: 2,60%;
– Suécia: 2,50%;
– Tailândia: 2,25%;
– Taiwan: 2,00%;
– Suíça: 0,50%;
– Japão: 0,50%.
As informações são do portal de notícias G1.