Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2019
A cotação das moedas internacionais no Brasil sofreu reflexos nesta sexta-feira, sobretudo com a intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos e a pressão no mercado econômico mundial. Com o maior valor atingido em onze meses, nas casa de câmbio do Rio, o dólar foi cotado em R$ 4,30 em papel-moeda.
Esses valores já levam em consideração o adicional de 1,1% de IOF no preço final. Para compras feitas para crédito no cartão pré-pago, o percentual do imposto aumenta: 6,38%. Por isso, o preço das duas moedas é acima do valor em espécie.
Na DG Câmbio, o dólar turismo em espécie saiu por R$ 4,30 e o cartão pré-pago por R$ 4,46, com IOF. Já o euro girou em torno de R$ 4,81 no papel-moeda, com o imposto incluído, e no cartão pré-pago por R$ 5,10.
Na Europa Câmbio, a moeda americana em papel-moeda era vendida a R$ 4,27 e o cartão pré-pago saiu a R$ 4,53, ambos com IOF incluso. A moeda da União Europeia foi vendida a R$4,83 no papel-moeda, e R$ 5,00 no cartão, também IOF.
No final do dia, a Lift Turismo, a divisa americana em papel-moeda era vendida a R$ 4,30 e no cartão pré-pago, a R$ 4,51. Já o euro era encontrado em R$ 4,79 em papel-moeda e R$ 5,03 no cartão, ambos incluindo IOF.
Para quem pretende viajar para o exterior, a orientação dos especialistas é se programar diante da alta nas cotações. Embora a oscilação do dólar e do euro preocupe, o comprador deve ficar principalmente atento à quantia que guarda para gastos individuais que terá durante a viagem internacional, como compras e alimentação.
Bolsa
O recrudescimento da guerra comercial sino-americana detonou uma onda de aversão ao risco nesta sexta-feira (23). Em meio a temores de uma desaceleração mais forte da economia global, investidores abandonaram mercados acionários e ativos emergentes para se abrigar nos Treasuries, títulos do tesouro americano, cujas taxas fecharam em forte queda.
A liquidação de posições em ativos de risco fez com que a moeda americana ganhasse força entre a maioria das divisas emergentes.
A depreciação do real levou a uma alta das taxas futuras, com aumento moderado da inclinação da curva a termo, mas não alterou as expectativas para o rumo da Selic. No mercado acionário, o Ibovespa renovou mínimas ao longo da tarde desta sexta e fechou em queda de 2,34%, aos 97.667,49 pontos – no menor nível desde 17 de junho.
As tensões se elevaram após o presidente Donald Trump afirmar que anunciaria na tarde desta sexta medidas de retaliação comercial contra a China. Pela manhã, o país asiático informou imposição de imposição de alíquotas entre 5% e 10% sobre mais de US$ 75 bilhões em produtos dos EUA.
O republicano exortou as empresas do país a encontrar uma alternativa à China, como levar suas fábricas para solo americano. À espera do troco de Trump aos chineses, as bolsas americanas aprofundaram o ritmo de queda ao longo da tarde e encerram o dia com recuo superior a 2%.