Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou no sábado (06) que entregará um País melhor a quem sucedê-lo em 2026, ou seja, após um eventual segundo governo dele. “Pegamos um País quebrado moral, ética e economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo muito melhor para quem nos suceder em 2026”, disse, em uma festa no Clube Naval, em Brasília.
Até agora, Bolsonaro havia indicado o desejo de disputar a reeleição em 2022. Em 20 de junho, ele declarou que, se não houvesse uma boa reforma política, poderia concorrer novamente. “Se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, disse.
No sábado, o presidente disse ainda que seu governo não tem sido alvo de escândalos de corrupção. “Não temos, graças a Deus, nenhuma acusação de corrupção. Aquilo que parece que estava fadado a fazer parte de nossa história ficou para trás.”
Contudo, seu ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, é investigado pela Polícia Federal sob suspeita de promover um esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018. No final de junho, Bolsonaro sinalizou sua candidatura à reeleição em discurso de improviso em Eldorado, cidade onde foi criado, no interior de São Paulo.
Questionado no mesmo dia se pretendia concorrer a um novo mandato, ele disse que descartaria a ideia se fosse aprovada “uma boa reforma política”. Do contrário, estaria à disposição dos eleitores. “Olha, se tiver uma boa reforma política eu posso até, nesse caldeirão, jogar fora a possibilidade de reeleição. Posso jogar fora isso aí. Agora, se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos.” Nos bastidores, nomes da política já trabalham com a possibilidade de Sérgio Moro ser candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.
Reforma
Bolsonaro deixou no início da tarde deste domingo (07) o Palácio da Alvorada, em direção à Base Aérea de Brasília. Na saída, ele tirou fotos com simpatizantes e evitou fazer comentários a jornalistas sobre o possível placar da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Levantamento publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo mostra que já são 247 deputados favoráveis à mudança. A proposta precisa de 308 votos para passar.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse a jornalistas que, nos cálculos do governo, já existem 330 votos para aprovar a reforma no plenário da Câmara. Questionado sobre a estimativa de Onyx, Bolsonaro desconversou.