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Economia Com queda da inflação, bancos centrais do mundo indicam fim do ciclo de juro alto

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No Brasil, a inflação chegou a 4,65% em 12 meses, resultado mais baixo desde janeiro de 2021. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A economia global começa a dar sinais de que o capítulo de alta de juros pode estar chegando ao fim. Os dados mais recentes de inflação e as sinalizações das autoridades monetárias indicam que os principais bancos centrais do mundo encerraram ou estão próximos de terminar o chamado aperto monetário.

Os riscos ainda existem, sobretudo quando se olha para o comportamento de preços relacionados a serviços, ainda resilientes. Mas a inflação de bens duráveis – provocada pela desorganização das cadeias produtivas no auge da pandemia – começou a perder fôlego. Hoje, a leitura é de que a inflação se dá mais por questões particulares de cada país do que por um efeito global.

“Olhando tanto para países avançados como para emergentes, estamos no fim desse processo (de alta de juros)”, diz Andréa Damico, sócia e economista-chefe da Armor Capital. “Quando a gente olha para inflação, a gente vê uma desaceleração mais relevante de bens.”

Nas últimas semanas, algumas economias começaram a apresentar dados de inflação melhores do que o esperado. Nos Estados Unidos, os números divulgados pelo Departamento de Trabalho mostraram que a inflação acumulada em 12 meses recuou de 6%, em fevereiro, para 5% em março. O presidente Joe Biden falou em “progresso continuado”. Na China, a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) subiu 0,7% em março, abaixo da previsão de analistas, de 0,9%. E no Brasil, o IPCA chegou a 4,65% em 12 meses, resultado mais baixo desde janeiro de 2021.

“Era esperado que a inflação desse esses sinais de melhora, mas, claro, ainda é um processo gradual. A batalha não está totalmente vencida”, afirma Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.

A percepção de que o mundo começa a virar a página na condução da política monetária também abre um horizonte mais positivo para a economia global, de que ela pode não sofrer tanto como se esperava no ano que vem – o que, consequentemente, pode beneficiar o Brasil.

Por ora, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 são fracas. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou uma previsão de crescimento global de 3%, pouco acima da esperada para 2023, de 2,8%. A expansão esperada para o Brasil é de 0,9% neste ano e de 1,5% no próximo.

“São dois anos de crescimento baixo, mas a percepção de um fim de ciclo no curto prazo já traz certo alívio, tira do cenário a possibilidade de situações mais extremas”, diz Campos Neto.

“Os efeitos (da política monetária) são defasados. A economia mundial deve ter um período de maior dificuldade no segundo semestre. Mas, a partir do segundo trimestre de 2024, já pode haver um espaço para uma retomada, não acelerada, um pouco mais consistente.”

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