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Geral Com trabalho remoto, Estados Unidos têm escritórios vazios e vivem crise imobiliária

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O mercado imobiliário americano passa por uma grande desaceleração. (Foto: Reprodução)

Os proprietários do quarto maior prédio de escritórios de São Francisco – entre eles Donald Trump – querem mais tempo para pagar seus empréstimos. O edifício avermelhado de 52 andares, de número 555 na Rua Califórnia, está cerca de 93% alugado. No entanto, muitos inquilinos – que incluem bancos como o Morgan Stanley e escritórios de advocacia como o Kirkland & Ellis – mudarão de endereço em breve, pois os funcionários ainda não retornaram aos escritórios no pós-pandemia. Os coproprietários do prédio, a Vornado Realty Trust e a Trump Organization, solicitaram mais tempo para quitar o empréstimo de US$ 1,2 bilhão usado para comprar o edifício, de acordo com documentos da administradora do empréstimo.

O 555 na Rua Califórnia não está sozinho. O mercado imobiliário americano passa por uma grande desaceleração e economistas alertam que a situação pode ser o início de um desastre, colocando em risco partes do sistema bancário também.

“É assustador”, disse uma funcionária do mercado financeiro que trabalha no 555 da Rua Califórnia, a respeito da desvalorização dos edifícios de escritórios na região. Em seus mais de 20 anos trabalhando no prédio, a mulher – que falou sob condição de anonimato porque seu empregador não permite que funcionários se manifestem publicamente – disse nunca ter visto ele tão vazio.

Segundo a Trepp, empresa que fornece dados sobre o mercado imobiliário nos EUA, cerca de US$ 270 bilhões em empréstimos comerciais vão vencer em 2023. A companhia alertou para a possibilidade de calotes. A taxa de inadimplência de escritórios disparou em maio, sinalizando um “ponto de inflexão”, de acordo com Manus Clancy, diretor-gerente sênior da Trepp.

Ao ser questionada sobre as preocupações com os imóveis comerciais em uma entrevista recente para a televisão, a secretária do Tesouro, Janet L. Yellen, disse acreditar que os bancos estejam “se preparando amplamente para algumas reestruturações e dificuldades futuras”.

Apesar do debate público sobre as exigências do retorno ao trabalho presencial nas grandes empresas, os especialistas dizem que a taxa de ocupação dos escritórios nunca voltará aos níveis vistos antes de 2020. Em fevereiro, a Kastle Systems, empresa que oferece soluções para o local de trabalho, calculou que metade dos trabalhadores nos Estados Unidos tinha retomado o trabalho presencial, mas esse número estagnou desde então.

Isso significa que, em cidades de todo os EUA, as empresas que enfrentam adversidades na economia, como inflação e taxas de juros altas, não precisam gastar como antes com os imóveis.

“Antes da pandemia, tínhamos a menor taxa de desocupação de qualquer cidade do país”, disse Robert Sammons, pesquisador da corretora de imóveis comerciais Cushman & Wakefield de São Francisco, um município excepcionalmente vulnerável em razão da grande porcentagem da população que trabalha no setor de tecnologia. Segundo a prefeitura, antes da pandemia, somente 6% dos imóveis comerciais estavam desocupados. Hoje esse número está em 30%.

“O mercado estava incrivelmente aquecido em todos os setores”, disse ele. “Mas agora o local de trabalho mudou, e mudou muito provavelmente de forma permanente.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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https://www.osul.com.br/com-trabalho-remoto-estados-unidos-tem-escritorios-vazios-e-vivem-crise-imobiliaria/ Com trabalho remoto, Estados Unidos têm escritórios vazios e vivem crise imobiliária 2023-07-03
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