O comandante Coronel Luiz Gustavo Lima Teixeira, do 3º Batalhão da Polícia Militar, que fica no Méier, no Rio de Janeiro, morreu após ser baleado em um confronto com criminosos. Ele foi levado para o Hospital Salgado Filho, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Ele estava em um carro descaracterizado quando foi atingido. O comandante do 3° BPM é o 111° policial militar morto neste ano no Rio.
Segundo a polícia, o carro que vinha na frente dele parou no meio da via e os bandidos desembarcaram pra iniciar um arrastão. Houve troca de tiros e o oficial foi atingido por um tiro de fuzil no rosto.
O motorista do veículo em que estava o coronel foi atingido na perna, mas não corre risco de morrer. O cabo foi atendido no Hospital Salgado Filho e transferido para o Hospital Central da PM por volta das 15h30min.
A Polícia MIlitar considera que o policial sofreu um atentado. Teriam sido feitos 17 disparos na direção do carro onde estava o coronel. Policiais da Delegacia de Homicídio estiveram no hospital e levaram as fardas dos dois policiais para a perícia.
O coronel tinha 48 anos, estava havia 26 na PM e à frente do 3° Batalhão do Méier há quase dois anos. Ele deixa esposa e dois filhos.
Um envolvido no assassinato já foi identificado
A Polícia Militar já identificou um dos criminosos envolvidos no assassinato do comandante. Segundo informações do serviço reservado da corporação, o bandido é da Favela da Cachoeirinha, no Complexo do Lins, que fica próximo ao local da morte, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (26), a Polícia Militar deu início a uma operação no conjunto de favelas para tentar prender os envolvidos no crime.
A polícia já saberia que, a princípio, seriam três criminosos envolvidos que estavam em um automóvel Audi. O coronel morto estava há 26 estava na corporação e à frente do batalhão do Méier há um ano e seis meses. Luiz Gustavo Teixeira deixa esposa e dois filhos, de acordo com a PM.
Crivella e Temer lamentam morte do PM
Na tarde desta quinta-feira, durante agenda no Palácio do Planalto, em Brasília, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, lamentou a morte do coronel. Segundo ele, foram “rajadas de metralhadora que vitimaram um homem de estirpe, um homem de família”. Ele afirmou que há “em cada lar do Rio de Janeiro uma prece, em cada olhar, uma lágrima”, e pediu que o governo federal torne crime hediondo o uso de armas exclusivas da polícia.
No mesmo evento, o presidente Michel Temer também defendeu a lei que torna crime hediondo o uso de armas de uso exclusivo da polícia, e classificou o assassinato do coronel Luiz Gustavo Teixeira como uma “crime pavoroso que envolve uma pessoa vocacionada e dedicada ao combate à criminalidade”.