Ícone do site Jornal O Sul

Comando das comissões na Câmara dos Deputados pode ser definido apenas em março

Sem base aliada sólida, governo avaliou que não pode abrir mão do partido. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A definição sobre quem vai assumir a presidência das comissões permanentes da Câmara dos Deputados pode ficar para a primeira semana de março. O entrave está na dificuldade das lideranças das maiores bancadas da Casa — PT e PL — em atender os desejos de 20 partidos que compõem o “blocão”, grupo que garantiu a reeleição de Arthur Lira (PP-AL).

A distribuição é feita na base de negociações e de acordos políticos. Deputados garantem que as lideranças dos dois partidos estão “desesperadas” na tentativa de considerar a quantidade de pedidos por espaços nas comissões. “Muito telefonema, ligando o tempo todo. Está assim”, confirmou um parlamentar.

O bloco único tem 496 parlamentares do PCdoB e PV (que integram a federação com o PT), União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB, além do PL.

O deputado Igor Timo (Podemos-MG), vice-líder do governo na Câmara, afirmou que partir do ponto de proporcionalidade para distribuir os comandos das comissões é uma forma de “encerrar a discussão”.

“Do meu ponto de vista isso é, inclusive, ruim. Não há ponderações, por exemplo, por identificação com um tema ou qualificação para assumir. Mas tem que decidir logo porque é um início de legislatura importante, com temas como a reforma tributária para aprovar, que deve passar por quase todas as comissões”, declarou Timo.

Dentro da proporcionalidade, PT e PL, por terem as maiores bancadas, têm as rédeas das principais comissões. O controle da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) neste ano deve ficar com o PT, e o da Comissão Mista de Orçamento, com o PL.

Depois da oficialização dessas escolhas serão distribuídas as presidências das demais comissões. “Após a pedida dos maiores partidos, se sobrar, temos como prioridade Meio Ambiente, Fiscalização e Controle, Educação e Direitos Humanos”, diz Zeca Dirceu (PT), líder do governo na Câmara.

O PSB deve reivindicar a presidência da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços.

Sair da versão mobile