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Combate às desigualdades, tributação e ações ambientais são temas dos encontros do G20 em São Paulo

Evento vai reunir principais líderes mundiais no Rio de Janeiro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A cidade de São Paulo sedia, entre esta segunda-feira (26) e a quinta-feira (29), as reuniões financeiras do G-20 Brasil, que contará com a presença de ministros de finanças e presidentes de banco centrais dos países do grupo, que inclui as maiores economias do mundo.

A coordenadora da Trilha de Finanças do G20, Tatiana Rosito, informou que as reuniões marcadas para esta semana terão como foco as discussões sobre temas como combate às desigualdades, tributação internacional e financiamento de ações ambientais.

O Brasil assumiu a presidência rotativa do G-20 pela primeira vez em 1º de dezembro, com mandato de um ano, e realizará 130 reuniões nas cinco regiões do País ao longo dos próximos 12 meses.

Quando o Brasil assumiu o comando do G20, o presidente Lula definiu três eixos centrais de discussão:

inclusão social com combate à fome e à pobreza;
transição energética e desenvolvimento sustentável;
reforma da governança global.

Conforme Tatiana Rosito, a partir desses três eixos centrais, o país decidiu pautar os seguintes temas nas reuniões de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais:

relação entre as desigualdades e as políticas econômicas;
diagnóstico sobre a economia global (perspectivas de crescimento, inflação, geração de emprego e cooperação);
tributação internacional (foco na tributação progressiva);
dívidas nacionais e financiamento do desenvolvimento sustentável.

“Esperamos que essas discussões, que ocorrerão em nível ministerial, nos deem oportunidade para troca de ideias, mas, também, para avançar concretamente na formação de consensos que propiciem a mobilização maciça de recursos domésticos e internacionais para um crescimento sustentável, equilibrado e inclusivo”, afirmou.

O G-20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. A lista é composta por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia, representada pelo presidente da Comissão Europeia e pelo presidente do Conselho europeu, e União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

Criado originalmente em 1999 em resposta às crises financeiras do fim dos anos 1990, o G-20 a princípio reunia os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais de 19 países mais a União Europeia. O grupo se concentrou nos primeiros anos em questões macroeconômicas e depois expandiu a agenda para temas como desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, mudanças climáticas, transição energética e combate à corrupção.

 

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