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Começa a dragagem para retirada de lixo do Arroio Dilúvio em Porto Alegre. Lista de achados tem até carrinho de compras

Trabalho se concentra primeiramente em trecho na Zona Leste e outro na foz junto ao Guaíba. (Foto: Luciano Lanes/PMPA)

Uma empresa terceirizada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre iniciou por dois trechos a dragagem para retirada de resíduos do Arroio Dilúvio. Um dos pontos fica na avenida Ipiranga entre Cristiano Fischer e Salvador França (Zona Leste), enquanto o outro abrange o segmento final, próximo ao Parque Marinha do Brasil. Já no primeiro dia de trabalho, foram encontrados pneus, bicicleta e até um carrinho de supermercado.

Uma autorização da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) viabilizou a realização do serviço das 8h às 16h com bloqueio parcial de um terço da pista da Ipiranga, com devida sinalização de trânsito. Também foi permitido o período das 20h às 6h para transporte do material removido, desde o local até o destino.

A estimativa é de 250 mil metros-cúbicos (equivalentes a 100 piscinas olímpicas) de material sejam removidos no primeiro ano de contrato. Só no segmento desde a avenida Antônio de Carvalho (Zona Leste) até a avenida Beira-Rio está prevista a dragagem em 6 mil dos 14 quilômetros de extensão total. A prefeitura projeta para esse trecho a remoção de um volume estimado em 200 mil metros-cúbicos de resíduos.

Além do Dilúvio em si, a bacia compreende os arroios Cascata, Mato Grande, Moinho, Taquara e Mem de Sá, bem como reservatórios e bacias de amortecimento localizados nas Zonas Central e Leste da cidade. Essa área abrange aproximadamente 450 mil habitantes.

Pausa

O serviço começaria pela foz do arroio, ao lado do anfiteatro Pôr do Sol. As empresas realizaram cercamento em fevereiro para criar canteiro de obras e acesso que permitiria o tráfego de máquinas e caminhões.

Após notificação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), o trabalho foi suspenso devido à presença de cágados na região – agora, a dragagem aguarda a adaptação do projeto para liberação ambiental.

Últimas ações

As últimas ações de dragagem na região foram realizadas entre 2018 e 2019. As últimas ações de desassoreamento do Dilúvio ocorreram em 2018 e 2019, em três trechos. Desses, foram removidas 23 toneladas de resíduos, tais como lodo, areia, mas também pneus e lixo doméstico.

Os trabalhos iniciados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) tiveram continuidade no Dmae, que incorporou os serviços pluviais em maio de 2019. Segundo a prefeitura, o contrato com a uma empresa selecionada foi encerrado de forma unilateral, no final de 2020, por causa da má prestação do serviço.

(Marcello Campos)

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