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Brasil Começa o envase da vacina contra o coronavírus produzida pela Fiocruz

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Dados da Fiocruz revelam ainda novo aumento da taxa de letalidade, que passou de 3,3% para 4,2%. (Foto: Fiocruz)

A Fiocruz começou o envase de frascos para 200 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Neste sábado (13), também foi produzida a mesma quantidade. Os dois lotes que somam 400 mil doses são um teste. Assim que as vacinas passarem no controle de qualidade, a fábrica de Bio-Manguinhos vai entrar em um ritmo mais acelerado e passará a produzir 700 mil doses por dia.

“Normalmente esses lotes de teste não são utilizados para depois para vacinação, mas como eles estão indo tão bem e a situação é importante, nós possivelmente poderemos aproveitar essas doses – e não são poucas doses, são 400 mil doses”, disse Maurício Zuma, diretor de Bio-Manguinhos.

O processo de produção começou há três dias, com o descongelamento de parte dos 90 litros do IFA – o Ingrediente Farmacêutico Ativo – que chegou ao Rio no dia 6 de fevereiro.

As doses que começaram a ser fabricadas agora devem ficar prontas a partir de 15 de março – 2,8 milhões de vacinas que serão distribuídas para todo o país. A expectativa é de que a Anvisa conceda o registro destas vacinas no início de março.

“Nessa linha de produção, nós envasamos mais de 20 milhões de doses todo ano – e vacina que é mais complexa, que é a vacina de febre amarela, essa vacina é líquida, ela é um pouco mais simples, nos dá mais capacidade de produção”, afirmou Maurício Zuma.

Mas para atingir a meta da Fiocruz de 100 milhões de doses até julho, é fundamental a chegada do ingrediente principal. O acordo da Fiocruz com a farmacêutica AstraZeneca prevê mais duas remessas de IFA vindas da China ainda em fevereiro, quantidade suficiente para 15 milhões de vacinas.

Enquanto o país aguarda a matéria-prima das vacinas da Fiocruz e do Butantan, algumas cidades enfrentam dificuldades para seguir com o calendário previsto. Alguns municípios tiveram que interromper a vacinação nos últimos dias por falta de doses, mas já retomaram a distribuição nos postos.

Em Salvador, a vacinação que estava programada para o fim de semana foi suspensa. E o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que só tem doses garantidas até terça-feira (16).

O médico Gonzalo Vecina Neto, que é professor da Fundação Getúlio Vargas e já dirigiu a Anvisa, diz que isso pode desmobilizar a população.

“Do ponto de vista da disposição das pessoas isso é muito ruim, mas tem outras consequências do ponto de vista médico também. Por causa da questão da dose de reforço. Se acabou a vacina e a dose de reforço teria que ser aplicada num período muito curto, como é o caso da vacina chinesa do Butantan, isso é bastante ruim. Os governos estaduais e municipais têm que se preocupar com a questão da segunda dose e têm que se preocupar com o tipo de grupo de risco que ele vai agora, a partir de agora, convocar para tomar a vacina de acordo com o Plano Nacional de Imunização”, alertou Gonzalo Vecina.

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, afirma que falta uma determinação única e nacional para a fila das pessoas que devem ser vacinadas.

“O Ministério da Saúde delegou para os municípios organizarem a sua campanha de vacinação. O que que está acontecendo? Cada município está definindo uma estratégia diferente. Tem localidades que estão vacinando só os profissionais que estão na linha de frente, outras localidades já estão vacinando inclusive veterinários. Muitas pessoas estão saindo do seu município de residência para se vacinar em outros municípios, o que vai ter uma dificuldade enorme de nós controlarmos a vacinação, principalmente da segunda dose. O ideal era que o Ministério da Saúde definisse exatamente quais eram os grupos que deveriam ser vacinados de forma homogênea em todo o país. Precisa-se ter uma única direção para organizar o processo de vacinação”, argumentou Carla Domingues.

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https://www.osul.com.br/comeca-o-envase-da-vacina-contra-o-coronavirus-produzida-pela-fiocruz/ Começa o envase da vacina contra o coronavírus produzida pela Fiocruz 2021-02-13
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