Sábado, 04 de janeiro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Agora é com ele: Gabriel Galípolo assume a presidência do Banco Central com desafios amplificados

Compartilhe esta notícia:

Gabriel Galípolo, que substitui Roberto Campos Neto, terá um mandato de 4 anos no BC.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Gabriel Galípolo, que substitui Roberto Campos Neto, terá um mandato de 4 anos no BC. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A gestão de Gabriel Galípolo a frente do Banco Central (BC) começou oficialmente na quarta-feira (1º). Oficialmente porque ele já atuava interinamente desde o dia 21 de dezembro. Galípolo sucede Roberto Campos Neto e assume um mandato fixo de quatro anos, que se estenderá até 2028, sem possibilidade de destituição durante esse período.

Galípolo, de 42 anos, era o atual diretor de Política Monetária do BC. Sua cadeira foi cedida a Nilton José Schneider David, então chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco.

Este ano, Galípolo vai encarar grandes desafios. Dois deles já estão postos claramente: a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está a 12,25% ao ano para conter a também alta inflação, e pode chegar a até 14,25% ao ano, como sinalizado em reuniões. E a alta recorde do dólar, que há algumas semanas está acima de R$ 6.

Desde que assumiu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez diversos ataques ao agora ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Lula, Campos Neto agia ou não agia por interesses políticos. O chefe do poder Executivo chegou a dizer que então presidente do Banco Central tentava para “prejudicar o país”.

Mesmo assim, a atuação de Gabriel Galípolo no Banco Central não deve divergir muito da de Campos Neto. Em entrevista coletiva após uma reunião com o ex-mandatário, Galípolo afirmou que o Brasil “gabaritou” situações que justificam a alta dos juros e do dólar.

Por outro lado, a tendência é que as taxas de câmbio tenham menos variações, pois Lula não deve manter uma rotina de ataques ao seu indicado. Pelo contrário, chegou a afirmar que Galípolo será o presidente do BC com “mais autonomia”. Além disso, ele estará mais próximo de Lula e também do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Lula assinou, na segunda-feira (30), a nomeação do economista Gabriel Galípolo para o cargo de presidente do BC. Galípolo tem uma trajetória próxima ao presidente Lula, tendo participado ativamente das equipes de campanha do presidente em 2022, além de integrar o grupo de transição de governo e atuar no Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad. Ele também já exerceu funções de destaque dentro da administração pública, sendo uma figura de confiança do governo para assumir a principal cadeira da autoridade monetária do país.

Perfil

Gabriel Galípolo tem uma longa carreira no setor público e na academia. Ele foi um dos principais articuladores da campanha de Lula à Presidência e desempenhou papel relevante durante a transição de governo. No ano passado, Galípolo foi nomeado secretário-executivo do Ministério da Fazenda, uma posição de grande importância, estando logo abaixo do ministro Fernando Haddad. Sua experiência no governo é vista como um trunfo importante para a nova gestão do BC.

Além de sua atuação política, Galípolo é um acadêmico de destaque. Ele é mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também leciona. O economista é ainda professor do MBA de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, instituição que tem uma parceria com a renomada London School of Economics and Political Science (LSE).

Antes de sua atuação mais visível no governo federal, Galípolo teve experiências relevantes em nível estadual. Em 2007, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. No ano seguinte, ele assumiu a função de diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado, cargos que o ajudaram a ganhar experiência na gestão de políticas públicas e no planejamento econômico.

Com essa nomeação, o governo de Lula busca alinhar a condução da política monetária com sua visão econômica, que prioriza o crescimento sustentado e o controle da inflação, mas com um enfoque na redução das desigualdades sociais e na melhoria das condições de vida dos brasileiros.

A escolha de Galípolo reflete, portanto, uma tentativa de dar continuidade ao processo de valorização da política econômica de seu governo, ao mesmo tempo em que busca uma maior aproximação entre o Banco Central e as diretrizes da administração pública federal.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Ex-vereadora de São Paulo leva embora privada de seu gabinete na Câmara
Prefeitura de Porto Alegre envia à Câmara de Vereadores propostas de modernização administrativa para a gestão 2025-2028
https://www.osul.com.br/comeca-oficialmente-a-gestao-de-gabriel-galipolo-na-presidencia-do-banco-central/ Agora é com ele: Gabriel Galípolo assume a presidência do Banco Central com desafios amplificados 2025-01-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar