Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2015
Cozida, em cápsulas ou in natura. Ingerir placenta após o parto está se tornando cada vez mais popular, especialmente após celebridades como a socialite Kourtney Kardashian e a atriz January Jones terem aderido à prática e dizerem que sentiram vários efeitos positivos. No entanto, um levantamento feito por pesquisadoras americanas concluiu que não há benefícios. A ingestão da placenta é também pregada por seguidores da Cientologia e algumas tribos indígenas do passado.
O estudo feito na Faculdade de Medicina de Northwestern (EUA) analisou dez pesquisas sobre o tema publicadas recentemente e disse não ter encontrado evidências de que o consumo de placenta ofereça proteção contra depressão pós-parto, ou que reduza dores, dê mais energia, ajude na amamentação, promova a elasticidade da pele, auxilie no vínculo entre mãe e bebê nem tampouco seja fonte de ferro para a mãe, como muitos acreditavam.
Uma das responsáveis pela pesquisa, a especialista em reprodução Crystal Clark, afirmou justamente que é ainda mais grave o fato de não haver estudos analisando os possíveis riscos dessa prática. “Os relatos de mulheres que sentiram benefícios em comer placenta são muito subjetivos e não há uma pesquisa sistemática sobre os benefícios e os riscos da ingestão. A popularidade de se comer a placenta vem crescendo enormemente nos últimos anos. Algumas mulheres estão optando por isso baseadas em relatos da mídia, em blogs e sites”, afirmou Crystal. (AG)