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Economia Comércio exterior: agências de risco e bancos já projetam taxas dos Estados Unidos ao Brasil

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O presidente americano se queixou dos acordos comerciais com países membros do Brics – grupo de nações que inclui, entre outros, Brasil, Rússia e China.

Foto: Reprodução
O presidente americano se queixou dos acordos comerciais com países membros do Brics – grupo de nações que inclui, entre outros, Brasil, Rússia e China. (Foto: Reprodução)

Agências de crédito e bancos começaram a estimar alíquotas e impactos de uma eventual taxação a produtos brasileiros pelos Estados Unidos, como prometido pelo presidente Donald Trump, que assumiu o cargo na segunda-feira (20). A agência de classificação de risco Moody’s estima uma alíquota de 5%. Já o Bradesco projeta taxas que variaram de 10% a 25%.

As tarifas a serem aplicadas ao Brasil, porém, ainda são uma incógnita. O presidente americano se queixou dos acordos comerciais com países membros do Brics – grupo de nações que inclui, entre outros, Brasil, Rússia e China. “Não fizemos nenhum bom acordo”, disse. Sobre o Brasil, porém, ele afirmou ter uma relação “excelente”.

Analistas já dão como certa a taxação das importações do México e do Canadá. Para a Moody’s, produtos mexicanos devem ser tributados em 10% – Trump prometeu alíquotas de 25% para seus dois vizinhos de fronteira.

Alfredo Coutiño, diretor da Moody’s Analytics, afirmou que, caso confirmadas, as tarifas de 10% ao México e 5% ao Brasil devem impor desvalorização das moedas dos dois países e afetar o ritmo de crescimento de suas economias. Ele disse, em uma transmissão pela internet, que “como contrapartida, os dois países devem adotar represálias semelhantes a importados dos EUA”.

“Neste contexto, o Brasil deve desacelerar o crescimento da economia em 2025, quando deve expandir 2%, devido ao impacto das tarifas adotadas pelos EUA às suas exportações, e pela desaceleração do crescimento da China também provocada pelas tarifas americanas”, disse Coutiño.

O Bradesco fez projeções de quanto seria o impacto em duas situações: se os Estados Unidos aplicarem sobre os produtos importados do Brasil uma tarifa de 10% e de 25%. No primeiro caso, o banco estimou o impacto na balança comercial brasileira em US$ 2 bilhões (por volta de R$ 12 bilhões), o que contribuiria a uma depreciação cambial de cerca de 4%. Caso as tarifas subissem para 25%, o efeito negativo chegaria a um valor estimado de US$ 5,5 bilhões (R$ 33,1 bilhões) sobre as exportações.

Guerra comercial

O cientista político e CEO da Eurasia, Ian Bremmer, vê o mundo caminhando para uma guerra comercial e uma maior desconexão entre as economias com o retorno de Trump à Casa Branca. A razão para isso é que o republicano não olha só para a China na questão das tarifas, mas para outros países como México, Índia e Vietnã.

“Acho que estamos caminhando para uma guerra comercial e um desacoplamento mais estratégico das economias”, disse Bremmer, em painel durante o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), em Davos, na Suíça.

 

(Estadão Conteúdo)

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