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Comissão do Senado decide adiar audiência pública com o presidente do Banco Central

Segundo chefe do BC, neste momento, “optar por juros mais baixos sem ter a âncora fiscal é igual a produzir um ajuste via inflação no médio prazo”. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), decidiu adiar a reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, marcada para a próxima terça-feira (4).

Segundo ele, a nova data será marcada de acordo com a disponibilidade na agenda da CAE e da presidência do BC.

Cardoso informou que a mudança, definida pela CAE, foi necessária em função do feriado prolongado da próxima semana, que poderia causar prejuízos ao bom andamento da reunião.

“Órgão técnico”

O presidente do Banco Central afirmou, nesta quinta-feira (30), durante coletiva de imprensa, que a autarquia é um “órgão técnico” e que, por isso, “não deveria se envolver em termos políticos”.

Segundo ele, o BC tem hoje um bom relacionamento com o Ministério da Fazenda e afirmou ainda que tem “convicção” de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está “bem-intencionado”.

Os comentários de Campos Neto surgem na esteira de atritos entre o governo e o BC neste início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do BC vem sendo criticado por membros do governo e pelo próprio Lula por manter a Selic em 13,75% ao ano, sem passar indicações claras de quando o ciclo de cortes poderá começar.

Aos jornalistas, Campos Neto afirmou que o BC está fazendo um trabalho técnico na condução da política monetária. De acordo com o presidente da autarquia, é preciso comunicar à sociedade que o trabalho do BC com os juros tem um custo de curto prazo.

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