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Comissão Parlamentar de Inquérito do MST quer convocar o ministro da Casa Civil de Lula para depor

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), pode ser convocado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada na Câmara dos Deputados para investigar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Os requerimentos foram feitos pelos deputados Ricardo Salles (PL-SP), relator da comissão, e pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), e serão votados na tarde desta terça-feira (11), a partir das 14h.

Os deputados alegam a necessidade de Rui Costa prestar esclarecimentos sobre ações do MST na Bahia, estado que ele governou por dois mandatos e onde ocorreram episódios envolvendo áreas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano.

Além disso, caso a convocação seja aprovada na comissão, o ministro deve ser questionado quanto a medidas de reintegração de posse em terras invadidas no atual cargo federal, durante o ano de 2023.

Costa pode ser convocado na condição de testemunha. Nesses casos o depoente tem o dever de dizer a verdade sob pena de incorrer em crime de falso testemunho e ser preso. Já na condição de investigado, o convocado não é obrigado a produzir prova contra si mesmo, tendo o direito ao silêncio, que abrange a possibilidade de não falar a verdade.

Expectativa para aprovação

Em junho, o deputado Evair Vieira de Melo já tinha protocolado um requerimento para convocar Rui Costa, mas o pedido foi retirado depois de uma negociação entre oposição e governo.

Membros da CPI já fizeram declarações nas quais responsabilizam o governo por suposta conivência com as invasões de terra do movimento social, tanto em áreas rurais quanto nas urbanas.

O vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri (União-SP), acredita que a convocação será aprovada com facilidade, uma vez que a composição da comissão é majoritariamente de oposição.

“Acho que o ministro tem muito a esclarecer sobre a relação do MST com o governo, principalmente em relação às indicações que o movimento tem feito que já consideradas ilegais pelo TCU em acórdão recente, mas o governo insiste em aceitar”, afirmou Kataguiri.

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