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Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2016
A movimentação do COI (Comitê Olímpico Internacional) para que haja uma maior presença feminina não se restringe às competições. A entidade tem agido para fortalecer a participação de mulheres em postos-chave de governança. Em 1995, criou a Comissão Mulher e Esporte para aconselhar a presidência do COI e o comitê executivo em decisões sobre o tema.
Embora nunca tenha tido uma mandatária mulher, o comitê teve nestes anos 2000 duas vice-presidentes: em 2004, a sueca Gunilla Lindberg e, desde 2012, a marroquina Nawal El Moutawakel. As duas fazem parte do comitê executivo da entidade.
É uma realidade bem diferente do passado. O COI, por desejo do seu criador, o barão Pierre de Coubertin, vetou a participação feminina nos Jogos de Atenas (1896). A liberação veio em Paris (1900). Ainda assim, o órgão admitiu mulheres como membros apenas nos anos 1980 –atualmente, elas são mais de 20.
Em federações internacionais, porém, o cenário é menos animador. Nas principais do programa olímpico, não há nenhuma líder do sexo feminino. A última representante de relevo foi a princesa jordaniana Haya bint Hussein, que governou a Federação Equestre Internacional de 2006 a 2014.
O Brasil está na mesma toada. Entre as mais fortes confederações, só a de ginástica (CBG) tem uma mandatária: Maria Luciene Cacho Resende, à frente da modalidade desde 2009.