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Comitiva gaúcha conhece no Japão uma mega-estrutura subterrânea para contenção de enchentes

Sistema abrange 6,3 quilômetros de túneis, reservatórios e turbinas. (Foto: Mauricio Tonetto/Palácio Piratini)

Em missão oficial ao Japão, a comitiva gaúcha liderada pelo governador Eduardo Leite visitou nessa quarta-feira (20), a mega-estrutura conhecida como “Catedral Subterrânea”, na cidade de Saitama. Trata-se de um dos mais avançados sistemas de absorção de enchentes no mundo e que protege toda a região metropolitana de Tóquio, capital do País.

A visita incluiu uma apresentação técnica sobre o funcionamento do espaço, localizado a 50 metros de profundidade  e que abrange 6,3 quilômetros de túneis, reservatórios e turbinas capazes de desviar e drenar grandes volumes de água. Construída entre 1993 e 2006, a estrutura evitou prejuízos de US$ 1 bilhão em danos materiais no período de 2002 a 2020.

De acordo com autoridades do país asiático, a obra que levou 13 anos para ser concluída, sem contar o tempo de planejamento. O investimento foi de quase US$ 2 bilhões.

A visita à “Catedral Subterrânea” integra uma série de compromissos no Japão voltados à resiliência climática e inovação. Ao longo da missão, a comitiva gaúcha está conhecendo modelos avançados de gestão de desastres naturais e discutindo parcerias para implementar soluções no Rio Grande do Sul.

Integram a comitiva os secretários estaduais Artur Lemos (Casa Civil), Ernani Polo (Desenvolvimento Econômico), Caio Tomazeli (Comunicação), Pedro Capeluppi (Reconstrução Gaúcha) e Ronaldo Santini (Turismo). O grupo é acompanhado pelo procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito (PP), o líder do governo no Parlamento, Frederico Antunes (PP), e outras autoridades, além do presidente da Invest.RS, Rafael Prikladnicki.

Com a palavra…

Conforme o governador gaúcho, projetos como este são fundamentais para nortear a modernização da infraestrutura no Rio Grande do Sul e estimular mudanças culturais, já que a “Catedral Subterrânea” recebe com frequência estudantes para que conheçam o sistema. Ele ressaltou:

“É interessante observar soluções de engenharia adotadas na contenção de cheias. Assim podermos identificar todas as possibilidades existentes”.

Leite também traçou um paralelo entre a mega-estrutura e ações realizadas por seu governo: “O plano Rio Grande contempla obras de tecnologia e também a educação, aspecto que é determinante. A gente observa como essa cultura já está muito incorporada na sociedade japonesa. Temos em nosso Estado esse pilar focado em conscientização e instrução para que a população esteja bem orientada sobre como agir em situações de calamidade”.

(Marcello Campos)

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