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Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2017
O setor da pecuária é dependente principalmente por disponibilidade de alimentos para os animais em produção, seja leite ou carne. Dentre as estações do ano, o verão é o período em que se faz maior volume de alimento conservado, especialmente a silagem de milho. Outra estação, não menos importante é o inverno, onde algumas culturas servem como opção para produção de pré-secado, feno e silagem. No entanto, o inverno traz muitas preocupações para o setor agropecuário, principalmente quando o frio chega intenso, com muita umidade e com fortes geadas, prejudicando o desenvolvimento das pastagens e a produção de alimentos conservados.
Atenta aos anseios do setor da pecuária, a Biotrigo pesquisou e desenvolveu um projeto para alimentação animal. São novos conceitos de fornecimento de alimentos para o gado onde o trigo surge como uma nova ferramenta para os pecuaristas. A ideia é produzir grande parte do volume de alimento conservado no inverno com excelente qualidade nutricional e com menor custo.
Estas opções de alimentação com a cultura do trigo para o gado serão apresentadas ao mercado pecuário no Show Rural Coopavel, que acontece em Cascavel/PR, de 6 a 10 de fevereiro. As cultivares, estarão expostas em parcelas para os produtores no estande da Biotrigo Genética. Umas das novidades, é uma linhagem posicionada exclusivamente para pastagem, visando atender a demanda dos criadores de gado leiteiro e de corte de uma forma inovadora. Ederson Luis Henz, zootecnista da Biotrigo e Msc. em Ciência Animal, ressalta que a capacidade de rebrota da cultivar proporciona novos pastejos em poucos dias, com intervalo entre 20 a 25 dias. “Esta linhagem, com bom manejo pós-pastejo é capaz de superar 4 cortes com alta carga animal em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo”, comenta. Com o seu crescimento prostrado, a linhagem tem potencial de chegar a uma taxa de acúmulo diário de até 100 kg de matéria seca por hectare. Segundo Henz, a pastagem é fonte de energia principalmente na forma de carboidratos. Este trigo exclusivo para pastejo, chegará ao mercado em 2018, juntamente com seu posicionamento para cada região.
A cultivar, um dos lançamentos deste ano, TBIO Energia I, é trigo sem presença de aristas e destinado somente para produção de silagem e pré-secado. “Ao contrário do trigo para pastagem, o TBIO Energia I é uma planta de um corte só, ou seja, não é um trigo duplo-propósito (sem rebrota). De acordo com o zootecnista, a silagem do TBIO Energia I pode substituir até 100% do volumoso para gado de corte, confinado, novilhas e vacas em pré-parto. Para vacas leiteiras de alta produção, até 60% do volumoso. Para o pré-secado, é uma excelente opção de alimento para vacas lactantes de alta produtividade e gado de corte, contribuindo como ótima fonte de proteína e energia, associado a alta digestibilidade, sendo convertido em leite e ou carne.
O TBIO Energia I vem de encontro com as necessidades dos pecuaristas. “O produtor produz o pré-secado entre 80 e 90 dias e a silagem entre 110 a 120 dias pós semeado no período do inverno, liberando áreas mais cedo para as culturas de verão. Ou seja, é uma cultivar que favorece o planejamento de disponibilidade de alimento durante o ano”, ressalta Henz.