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Como configurar o celular do seu filho para que ele não seja adicionado em grupos de desconhecidos

Você pode aumentar a letra do WhatsApp no Android, no iOS e na versão Web. (Foto: Reprodução)

Especialistas alertam que as famílias precisam fazer uso dos controles parentais de aplicativos e plataformas de redes sociais para tentar evitar que crianças e adolescentes sejam envolvidos em grupos de comunidades nocivas. Nesta semana, foi revelado que alunos de escolas privadas foram adicionados a um grupo de WhatsApp chamado Meta 500, com incitação ao suicídio, apologia ao nazismo e pornografia. As crianças não necessariamente conheciam os autores dos grupos.

É possível, no entanto, configurar o WhatsApp para não permitir que desconhecidos incluam os telefones das crianças e adolescentes em grupos: Entre em Configurações do WhatsApp; Depois clique em Privacidade; Depois em Grupos; E clique em Meus Contatos.

Dessa forma, somente contatos do celular, ou seja, pessoas conhecidas, poderão adicioná-lo a um novo grupo. Isso não garante que a criança ou jovem não seja chamado de outra forma a participar de comunidades de ódio, já que isso ocorre também por meio de links compartilhados. Mas toda forma de controle parental ajuda, garantem especialistas.

Especialistas que pesquisam a radicalização na internet alertam que os pais devem estar atentos porque esses movimentos ocorrem em redes sociais comuns, como WhatsApp, Instagram e X (antigo Twitter). Segundo eles, os telefones podem ter sido repassados por colegas, aparecido em chats de games ou outros vazamentos de dados.

Conforme mostra a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 24% das crianças se conectaram à rede ainda nos seis primeiros anos de vida, conhecidos como primeira infância, enquanto em 2015, a taxa era de 11%.

O Instagram (36%) é a plataforma mais usada por usuários de 9 a 17 anos. O ranking é seguido do YouTube (29%) e do TikTok (27%). Nas faixas de 9 a 10 anos e de 11 a 12 anos, no entanto, o YouTube lidera com 42% e 44%.

Muitas plataformas, inclusive as preferidas dos pequenos, têm seus próprios recursos para ajudar os responsáveis nesse controle. Confira abaixo:

Controle parental no YouTube

Em vez de usar a plataforma padrão do YouTube, os pais podem oferecer ao filho o acesso ao aplicativo YouTube Kids, que foi criado, nas palavras do desenvolvedor, para “proporcionar às crianças um ambiente mais controlado que torna a exploração mais simples e divertida, além de facilitar a orientação dos pais e cuidadores à medida que descobrem novos e incríveis interesses ao longo do caminho”.

– Instale o app YouTube Kids, disponível na App Store, para dispositivos Apple, e no Google Play, para Android.

– Abra o app YouTube Kids e siga as instruções exibidas na tela.

– Quando solicitado, insira o ano em que você nasceu.

– Faça o login (existe opção continuar sem fazer login).

– Leia as informações de autorização dos responsáveis, toque em “Concluído” e digite sua senha.

– Configure um perfil para a criança.

– Depois que você inserir a data de nascimento da criança, o app usará essa informação para ajustar as configurações de modo a oferecer uma experiência adequada à idade. Selecione uma experiência de conteúdo: pré-escolar (até 4 anos); crianças menores (de 5 a 8 anos); e crianças maiores (de 9 a 12 anos).

– Se você selecionar a configuração “Aprovar conteúdo por conta própria”, a criança pode assistir apenas a vídeos, coleções e canais aprovados por você. Ao ativar essa opção, a pesquisa no app será desativada.

– Faça o tour para compreender como funciona o app.

Controle de tempo

– Toque no ícone de cadeado na parte de baixo do app.

– Digite os números que aparecem ou ponha sua senha personalizada. Selecione Timer.

– Use o controle deslizante ou os ícones para definir um limite de tempo.

– Toque em Iniciar timer.

– As crianças verão uma mensagem de “Tempo esgotado!”, e o app será bloqueado ao fim do limite de tempo.

Controle parental no Instagram

Para se cadastrar no Instagram, é preciso ter no mínimo 13 anos. No ano passado, a Meta, empresa responsável pela rede social, lançou uma aplicação de supervisão parental, a “Central da Família”. Para isso, além do adolescente, o responsável precisa ter conta na plataforma. A ativação do controle depende do envio e do aceite de convite, que pode ser feito tanto pelo adolescente quanto pelo adulto.

Enviar um convite pelo perfil do adolescente.

– Clique no menu que fica no canto inferior esquerdo e em “Configurações”.

– Clique em “Supervisão”.

– Analise as informações na tela e clique em “Avançar”.

– Clique em “Criar convite”.

– Clique no link do convite para copiá-lo e cole-o na plataforma escolhida para compartilhar com o responsável.

Enviar um convite pelo perfil do adulto

– Clique no menu que fica no canto inferior esquerdo e em “Configurações”.

– Clique em “Supervisão”.

– Clique em Criar convite no menu à esquerda.

– Analise as informações na tela e clique em “Continuar”.

– Clique em Copiar convite ou no link de convite para copiá-lo para compartilhar com o adolescente.

Aceitar o convite

– Clique no link, que é válido por 48h.

– Clique em “Avançar”.

– Clique em “Permitir”.

O que o recurso permite fazer:  Ver quem os filhos seguem e quem os segue;  Ver quanto tempo passam no Instagram; Ajudar a definir limites de tempo diários e intervalos programados; Ser notificados se os filhos optarem por compartilhar uma denúncia com eles.

Controle parental no TikTok

Assim como no Instagram, a idade mínima permitida para criar conta no aplicativo chinês é de 13 anos. A plataforma de vídeos curtos permite que o pai personalize as configurações do perfil do filho por meio do “Pareamento familiar”.

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