O avião reserva da Presidência da República com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pousou em Brasília às 10h12 de quarta-feira (2), após a aeronave presidencial oficial, VC-1 Airbus A319CJ, conhecida como Aerolula, ter apresentado problemas técnicos e sobrevoado o espaço aéreo mexicano por cerca de cinco horas.
A aeronave VC-1 foi adquirida em 2005, no primeiro mandato de Lula. O avião presidencial foi montado em Hamburgo, na Alemanha, e batizado oficialmente de Santos Dumont. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o VC-1 é uma aeronave militar designada especialmente para cumprir a missão de transportar com segurança o presidente da República para diversas localidades do Brasil e do exterior.
Segundo a FAB, a aeronave possui uma performance que “permite a operação em diferentes aeródromos, o que possibilita uma versatilidade no transporte presidencial, tanto por operar em pistas mais curtas e estreitas, bem como por realizar voos de longa duração”.
O avião presidencial tem aproximadamente 34 metros de comprimento e de envergadura, e cerca de 12 metros de altura. Ela pode atingir até 830 quilômetros por hora na velocidade máxima de cruzeiro.
O Aerolula foi comprado em 2004 por US$ 56,7 milhões (cerca de US$ 91,7 milhões, em valores atualizados, cerca de R$ 500 milhões). O avião presidencial pertence ao Grupo de Transporte Especial (GTE), com sede em Brasília, e é usado para as viagens de longa distância.
Segundo a FAB, o VC-1 Airbus A319CJ comporta até 40 passageiros. A suíte do casal presidencial está montada imediatamente adiante da asa e logo atrás do gabinete de despachos. Não há uma cama solta, mas uma espécie de sofá duplo, acoplado a uma das laterais.
A mesa de refeições é recolhida em um espaço no chão. Há ainda duas poltronas de couro, reclináveis, e uma televisão. Dobrada, a porta de um dos dois armários vira tábua de passar roupa. O espelho do banheiro foi montado sobre uma bancada pequena de três gavetas, com tomadas independentes para o secador de cabelo e o barbeador. O frigobar é dotado de máquina para produzir cubos de gelo.
A FAB equipou a aeronave com recursos eletrônicos de defesa, como a possibilidade de impedir o rastreamento ou a escuta de suas comunicações e de emitir sinais destinados a confundir eventuais agressores.