Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2025
A puberdade é um período importante no crescimento de qualquer pessoa, trazendo mudanças no corpo, comportamento e em outros aspectos da vida de crianças. Mas, quando ocorre antes da hora, o processo torna-se uma doença, conhecida como puberdade precoce.
Como o nome diz, a doença é caracterizada pelo surgimento das mudanças que a puberdade causa, mas antes do período normal no qual o processo ocorre. Assim, o primeiro sinal para se ficar de olho em relação à condição é a idade da criança quando algumas alterações começam.
A endocrinologista infantil Louise Cominato explica que a puberdade ocorre, idealmente, entre os 8 e 13 anos para meninas e 9 e 14 anos para meninos. Nessa faixa de tempo é comum que uma menina tenha o aumento das mamas e a primeira menstruação e os meninos o crescimento da região dos testículos e pênis. Em ambos os casos ocorre o surgimento de pelos nas partes íntimas.
Como o nome diz, a doença é caracterizada pelo surgimento das mudanças que a puberdade causa, mas antes do período normal no qual o processo ocorre. Assim, o primeiro sinal para se ficar de olho em relação à condição é a idade da criança quando algumas alterações começam.
A endocrinologista infantil Louise Cominato explica que a puberdade ocorre, idealmente, entre os 8 e 13 anos para meninas e 9 e 14 anos para meninos. Nessa faixa de tempo é comum que uma menina tenha o aumento das mamas e a primeira menstruação e os meninos o crescimento da região dos testículos e pênis. Em ambos os casos ocorre o surgimento de pelos nas partes íntimas.
Outra mudança comum na puberdade é comportamental. “Não existe uma regra, mas a menina parece que está com tensão pré-menstrual (TPM), com flutuação de humor. No menino, a testosterona costuma deixá-lo mais agressivo”, explica Louise. É também um período de crescimento de altura e peso, que pode ser rápido ou espaçado.
Assim, caso as mudanças ocorram antes dos 8, para meninas, e 9 anos, para meninos, é importante ficar atento. Louise destaca que a puberdade precoce é mais comum em meninas do que em meninos, mas que, quando ocorre no último grupo, é mais grave, com alguma doença ligada ao sistema nervoso, testículos ou glândulas suprarrenais.
Quais as causas da puberdade precoce?
A endocrinologista explica que não há uma única causa para a doença, e que ainda não se sabe exatamente o que leva à puberdade precoce, ou é mais predominante no processo. Porém, foram identificados alguns fatores que vêm sendo associados à doença.
“No caso das meninas, vários genes têm sido descobertos, cujas mutações levam à puberdade precoce, o que indica essa relação”, comenta Louise. O tipo mais comum, com uma causa genética, é chamado de puberdade precoce central. Em alguns casos a causa não é aparente, e então é chamada de idiopática. Outros fatores detectados são ambientais, que não são causas em si mas podem contribuir para o surgimento da doença.
O que fazer e importância da intervenção com tratamento
Além das alterações fisiológicas e comportamentais, a puberdade precoce também está ligada à criação de um estigma social. “A criança evolui toda antes da hora, ela é vista como diferente dos colegas, tanto da parte corporal quanto os comportamentos, as atitudes mudam devido à mudança hormonal. A pessoa não se vê naquele grupo”, explica Louise.
A estigmatização pode gerar diversos problemas psicológicos, e em alguns casos demanda acompanhamento psicológico. Mas também existem as consequências biológicas, o principal sendo no crescimento: “Se começa a puberdade muito cedo, os hormônios estimulam o fechamento da cartilagem, ela cresce rápido mas menos que o esperado, então fica menor do que deveria”.
A endocrinologista adiciona que já foram observados uma relação entre meninas com puberdade precoce e uma incidência maior de câncer de mama, já que elas ficam mais tempo expostas aos hormônios que podem levar à doença.
Por todos esses fatores, é importante levar a criança para um pediatra caso surjam suspeitas de puberdade precoce. Uma vez que o profissional identifique a doença, ela é tratada por um endocrinologista pediatra. A médica destaca que o tratamento busca reverter as mudanças geradas pela doença ou parar o seu desenvolvimento, a partir de medicamentos que impedem a produção de hormônios sexuais ou bloqueia seus receptores.
“É uma medicação com pouco efeito colateral, a duração [do tratamento] varia, mas costuma ir até uma idade normal para a puberdade acontecer”, comenta Louise.
Outro ponto importante é que a identificação e tratamento da puberdade precoce passa pelo que Louise chama de “cultura” de frequentar o consultório de um pediatra. “O que precisa é passar no pediatra de rotina, coisa de cultura. Pelo menos uma vez ao ano, para detectar possíveis sintomas ou alertas”, aconselha ela. As informações são do portal Estadão.