Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2015
O contrato só termina em 20 de janeiro de 2017. Mas a família Obama já começou a simbolicamente arrumar as malas para deixar a Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-dama Michelle definem, pouco a pouco, como dar sequência ao legado dos primeiros ocupantes negros da residência oficial, enquanto a primogênita do casal, Malia, 17 anos, visita universidades. A caçula Sasha, 14, ainda estará cursando o ensino médio ao fim do segundo mandato, mas o pai lhe deu função primordial: bater o martelo sobre a cidade da próxima residência, após oito anos de inquilinato em Washington. Em maio, foi anunciado que o Centro Presidencial Barack Obama – que abrigará a biblioteca com todos os documentos de sua Presidência e os arquivos pessoais dele e da primeira-dama – será construído no South Side de Chicago, berço político de Obama.
A cidade venceu Nova York e Honolulu na acirrada disputa. A fundação que leva o nome do presidente terá que levantar estimados 500 milhões de dólares para erguer o centro, cuja inauguração está prevista para 2020. “Foi em Chicago que conheci minha mulher e onde minhas filhas nasceram. E eu realmente me tornei um homem quando me mudei para Chicago”, afirmou Obama. Para ele, o centro pode “atrair o mundo” para sua cidade de coração. A primeira-dama também demonstrou grande animação. “Estou muito emocionada de poder colocar uma instituição desse porte no coração do bairro que significa o mundo para mim.”
A escolha aumentou a especulação sobre onde a família vai morar. O centro terá espaço para um escritório para Obama e Michelle, mas o presidente da fundação, Marty Nesbitt, negou-se a comentar se o casal voltará permanentemente à cidade.
Nesbitt, amigo do presidente e de sua mulher, animou a bolsa de apostas no início do ano, ao comprar por 8,7 milhões de reais a mansão que servia de cenário para o seriado “Magnum” em uma praia paradisíaca do Havaí, terra natal de Obama. Os rumores eram que Nesbitt estaria fechando a aquisição em nome do presidente, mas a Casa Branca negou.
Nova York também aparece na lista de cidades cotadas, após um “vazamento” de informações por supostos amigos do casal. Seja onde for, um dos principais fatores de escolha será qual o melhor ambiente para que Sasha termine os estudos. Hoje, a caçula e a irmã frequentam a exclusiva Sidwell Friends School, em Washington. Sair ou ficar na capital será uma decisão de Sasha, em conjunto com a mãe, segundo Obama.
“O voto dela terá grande peso. Porque ela, e, claro, a mãe, fizeram muitos sacrifícios pelas minhas ideias doidas, do tipo concorrer à Presidência”, brincou o presidente, referindo-se a Sasha, que só entrará na faculdade em 2019.
Filha de Obama inicia estágio em programa de TV.
Malia, por sua vez, será caloura na universidade, no segundo semestre de 2016, antes de o segundo mandato acabar. Por isso, desde o ano passado, a primogênita está visitando vários campus universitários nos EUA. Recentemente ela iniciou um estágio no set do seriado “Girls”, do canal de TV a cabo HBO. Ela tem sido vista oferecendo café para a equipe, além de ajudar a manter o público longe do set.
A indefinição sobre moradia e educação se contrapõe à cada vez mais clara opção de atividade para Obama e Michelle após deixarem a Casa Branca: a militância social. Em junho, foi lançada a ONG My Brother’s Keeper Alliance, criada a partir do programa federal de geração de oportunidades para jovens negros e hispânicos de bairros carentes. O presidente deverá engajar-se ativamente na organização após o fim de sua jornada de chefe do Executivo, retomando suas origens de líder comunitário.
Autobiografia à vista.
Antes, porém, ele terá de cumprir contrato com a editora Random House e escrever um livro de não ficção. É parte do pacote de publicação da obra “A Audácia da Esperança”, que previa outros dois livros – ele já escreveu o infantil “Of Thee I Sing”. Certamente, Obama será cortejado para escrever uma autobiografia, assim como Michelle. As ofertas deverão ser extremamente atraentes e praticamente irrecusáveis. (AG)