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Como usar o Tesouro Direto e guardar dinheiro para a faculdade

Será possível investir de 3 a 18 anos e, a partir da data escolhida, receber o retorno do investimento. (Foto: UNB/Divulgação)

O governo federal lançou um novo título público para financiar estudos. Chamado de Tesouro Educa+, ele busca estimular as famílias a criar poupanças para financiar o estudo dos filhos nas universidades. Esse tipo de investimento consiste em “emprestar” seu dinheiro ao governo federal e recebê-lo após alguns anos, tal qual a renda fixa. Nele, é possível saber exatamente quando receberá no futuro.

Cada título do Tesouro tem suas especificidades, como datas, rendimentos, destinações do dinheiro, entre outros. Em janeiro, por exemplo, o governo Federal criou o Tesouro Renda+, título voltado para complementar a renda dos aposentados.

Para Rogério Ceron, economista e secretário do Tesouro, o novo título terá um viés de educação financeira para as famílias.

“O Tesouro Direto tem um objetivo muito mais de educação financeira. O meu desejo é atrair crianças para o programa, porque isso vai provocar na família a conscientização sobre o papel de poupar para financiar objetivos. Neste caso, um extremamente nobre, o futuro dos filhos”, diz.

Familiares e amigos estarão aptos a investir no mesmo papel criado para a criança. A partir de outubro, o título também ganhará novas funcionalidades.

Como funciona

Para comprar o Tesouro Educa+ é necessário, primeiramente, se cadastrar no Tesouro Direto. É possível comprar os títulos através da própria plataforma do Tesouro ou por meio de corretoras.

O título será corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, o dinheiro não perderá seu valor com o tempo. Além disso, serão pagas amortizações em parcelas mensais iguais, também corrigidas pela inflação, durante cinco anos (ou 60 meses), a partir da data escolhida pelos responsáveis.

O valor mínimo de aplicação é de R$ 30, tal qual os demais títulos do Tesouro, e terá duração entre 3 e 18 anos. O investidor receberá fluxos mensais recorrentes sempre a partir de 15 de janeiro do ano escolhido.

O investimento contará com 16 títulos, com a primeira data de recebimento em 2026 e a cada ano subsequente. Os responsáveis também poderão simular quando e quanto irão receber do investimento.

Também não haverá taxa de custódia para quem receber o equivalente a até quatro salários mínimos no fluxo de pagamentos mensais futuros e para quem carregar o título até o vencimento. Para quem passa desse valor, será cobrada uma taxa de 0,10% ao ano sobre o excedente.

Venda do título

O investidor poderá vender o título a partir de 60 dias após a compra. No entanto, caso ele venda antes do período estipulado, será cobrada taxa de custódia. O valor varia de acordo com a retenção do investimento. Confira:

– 0 a 7 anos: 0,50% (a.a.);
– 7 a 14 anos: 0,20% (a.a.);
– Acima de 14 anos: 0,10% (a.a.).

Quanto investir

Para saber quanto será necessário investir, basta entrar na plataforma do Tesouro Direto, colocar a idade atual do filho, com quantos anos ele deve ingressar na faculdade no futuro e qual valor você pretende receber após o período de acumulação. Depois, a plataforma mostra quantos aportes precisarão ser feitos para que esse valor seja resgatado.

O Tesouro estimou que, para que um jovem tenha uma renda mensal de R$ 500 durante 5 anos, através do Educa+, a família precisaria investir R$ 81 por mês durante 18 anos (começando a investir quando o filho tiver menos de 1 ano); e R$ 164 por mês durante 11 anos (começando a investir quando o filho já tiver 7 anos).

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