Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2019
Foram presos suspeitos de tentarem matar um empresário do setor de turismo neste último final de semana. O caso aconteceu no dia 12 de abril deste ano, na zona norte da Capital Gaúcha e estava sendo investigado como tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte. Segundo a 9ª Delegacia da Polícia Civil, o crime tinha sido encomendado, pois havia interesses financeiros e empresariais.
O empresário estava chegando em sua casa, localizada na avenida Tapiaçu, no bairro Passo D’Areia, quando foi abordado por um homem armado. O bandido atirou duas vezes no abdômen do trabalhador e saiu correndo, levando uma pasta e um celular.
A vítima foi levada para um hospital e passou por sete cirurgias, ficando 40 dias internado na Unidade de tratamento Intensivo (UTI), até ser liberado. Após alguns dias de investigação e com base em denúncias, a polícia reconheceu como autor dos tiros, um jovem de 26 anos, morador do bairro Mathias Velho, em Canoas, Vinicius Soares dos Santos.
Os policiais seguiram investigando o crime e descobriram que havia mais pessoas envolvidas no fato, e que a motivação não era roubo. Identificado o outro suspeito como mandante do crime, Leandro Aparecido Caldas de 37 anos, ele mantinha união estável com o sócio do empresário de turismo. O titular da 9ª DP, delegado Alexandre Vieira, disse que Leandro pensou em matar o outro sócio, já que seu companheiro está doente e assim ficaria com a empresa só para ele.
Leandro Aparecido Caldas foi preso em Canoas e Vinicius Soares dos Santos apreendido em Paranaguá, no Paraná. A dupla estava com prisão preventiva por ordem da Vara do Júri de Porto Alegre, que está cuidando do caso desde que foi descoberto que era homicídio. Santos já tinha antecedentes por tráfico e roubo e contou a polícia que Caldas lhe procurou para matar o sócio de seu companheiro, oferecendo como pagamento uma EcoSport, porém voltou atrás e disse que pagaria R$ 2,5 mil.
Quando Santos foi reconhecido por atirar no empresário, ele acabou fugindo para o Paraná, e então, Caldas estaria lhe enviando dinheiro para seu sustento. A operação prendeu também o homem que teria vendido o celular da vítima e um foragido procurado por assaltos que estava junto.
Ainda conforme o delegado, as investigações continuam, pois pode haver mais envolvidos no caso, não no crime, mas na fuga de um dos suspeitos para o Paraná. Vieira tem planos de encerrar o inquérito nos próximos oito dias.